Imprimir

Notícias / Política MT

Deputados não apareceram na AL e nem deram bom dia no grupo do WhatsApp, diz Adriano Silva

Da Redação - Isabela Mercuri

Um dos únicos deputados que deu as caras na Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira (14), Adriano Silva (PSB) afirmou que os colegas de plenário ‘sumiram’, e que até mesmo no grupo do WhatsApp dos legisladores, ninguém deu nem bom dia, depois que foi deflagrada a operação Malebolge, da Polícia Federal, com mandados de busca e apreensão na Casa de Leis.

Leia também:
Gabinetes de deputados, casa de Emanuel Pinheiro, senador e ministro são alvos em operação da PF

A operação é fundamentada nas informações fornecidas pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em delação premiada homologada no Supremo Tribunal Federal (STF). Até o momento, os policiais já cumpriram mandados na sede da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e na casa do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB). Esta é um desdobramento da Ararath (12ª fase).

“A gente tinha marcado pra essa manhã outra sessão porque ia votar em segundo turno o lance da Sefaz, pra encerrar logo aquilo. Então a gente ia fazer uma força tarefa. Semana que vem também tem veto pra votar... agora é esperar”, comentou o deputado, em entrevista à imprensa na AL.

Para ele, isso é ruim para o estado. “Não quero ficar fazendo juízo de valor de ninguém antecipadamente, mas é ruim pra Mato Grosso de uma forma geral, ruim pra Assembléia, pro legislativo, a imagem nossa fica ruim, mas a gente tem que enfrentar isso”, afirmou.

Adriano ainda afirmou que, enquanto o Supremo não desmembrar a investigação, a casa não pode ‘fazer nada’. “Não cabe ao Ministério Público, não cabe ao TJ, não cabe a Assembléia, a ninguém fazer nada, porque eles estão concentrados tudo lá. Eu acredito que em questão de dias eles vão desmembrar. Agora, depois dessa operação, vão acabar desmembrando, e aí a juíza Selma vai tomar conta dos que não foto, o TJ, o STJ... e aí a Casa aqui, internamente, vai ter que se manifestar. Mas hoje, enquanto não tem esse desmembramento todas as instituições, não pode fazer nada”.

Por fim, o deputado explicou que para haver prisão de qualquer deputado, antes, é necessário que a casa autorize, em plenário. “[Se] chegar no TJ aqui, e ele fizer alguma manifestação nesse sentido, tem que vir pro plenário (...) É um procedimento atípico, mas juridicamente a gente vai ter que achar uma solução”.  No entanto, Adriano não acredita que isso vá acontecer, porque as ações se deram em outros mandatos. 
Imprimir