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“Não vai me causar estranheza se o judiciário liberar o uso e consumo das drogas ilícitas”, diz Soares após sua prisão

Da Redação - Vinicius Mendes

O Secretário de Estado de Saúde, Luiz Soares, disse, em entrevista coletiva à imprensa sobre sua prisão nesta sexta-feira (22), que este caso foi um extremo desrespeito à lei. Sem confiança em membros do judiciário, ele afirmou que não estranharia algum juiz liberar o uso de consumo de drogas ilícitas, já que já foi aprovada a “cura gay” pela Justiça.

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O secretário de Estado de Saúde, Luiz Soares, foi preso em Cuiabá, nesta sexta-feira (22), por conta de um descumprimento de decisão judicial, sobre a compra de um medicamento com canabidiol (substância encontrada na planta da maconha) para o tratamento de um paciente de nova Canaã do Norte (a 680 km de Cuiabá).

A prisão de Soares foi determinada por ofício, pelo juiz Fernando Kendi Ishikawa. A Promotoria de Justiça de Nova Canaã do Norte solicitou apenas o afastamento do gestor em razão do mesmo ter descumprido por reiterada vezes decisão judicial referente ao fornecimento de medicamento a um determinado paciente.

“Hoje chegou no extremo desrespeito à lei. De alguém que entende que as suas vontades, os seus desejos, as suas decisões são superiores àquilo que todos nós devemos submeter. O que impera é a lei. Não há ainda a liberação, por exemplo, para o consumo ou para a fabricação deste produto aqui” disse o secretário.

Por conta da prisão, o secretário fez críticas a membros do judiciário, que segundo ele, estariam indo contra a constituição.

“Eu acho que se cumprir a lei, já está de bom tamanho. Não vai me causar nenhuma estranheza se de repente membros do poder judiciário, do estado de Mato Grosso ou do país, alguém tomar uma decisão liberando o uso e o consumo das drogas ilícitas, como tem juiz já neste momento mandando tratar pessoas que tem o direito constitucional da sua orientação sexual, na Justiça Federal em Brasília. Então são coisas que a gente fica assustado, e nós temos que devolver esta discussão para o plano do estado democrático de direito, nós não estamos numa ditadura, ou estamos?”, desabafou o secretário.
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