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Pré-candidato a presidente da República convida Mauro Mendes para disputar governo pelo Podemos

Da Redação - Lázaro Thor Borges

O senador Álvaro Dias, pré-candidato a presidente da República pelo Podemos, visitou Cuiabá nesta quinta-feira (06) e teve uma reunião com o ex-prefeito Mauro Mendes (PSB), na qual o convidou para se filiar ao partido, com total apoio para disputar o Governo de Mato Grosso.

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A reunião agradou filiados e simpatizantes do Podemos. Alguns mais animados já enxergam como real a possibilidade de Mauro ser o candidato do partido em 2018. 

O nome de Mendes teria sido indicado ao senador paranaense pelo marqueteiro e ex-senador Antero Paes de Barros. Além de Antero, Álvaro Dias conversou com Adilton Sachetti (PSB), que também é cotado como potencial candidato ao governo estadual. Mas quem mais se aproximou do partido foi mesmo o ex-prefeito de Cuiabá.

Para que a candidatura seja realmente viabilizada, Mendes precisaria ainda do aval familiar, principalmente da esposa, Vírginia Mendes. “Mas hoje ela parece aceitar mais isso, então acho que a chance dele sair [candidato] é bem maior”, resumiu uma fonte interna do partido.  

O Podemos surgiu como alternativa em Mato Grosso para Mauro e Sachetti principalmente depois que o deputado federal Valtenir Pereira foi mantido no comando estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB).

A primeira alternativa do partido recém-nascido para disputar o governo de Mato Grosso era Antero Paes de Barros, principalmente por sua ligação com Álvaro Dias, de quem é amigo de longa data. Contudo, o ex-senador não deixou claras suas intenções e tem preferido deixar para decidir seu destino político nos últimos momentos do jogo.

O fator Taques

Outro problema que já parece ter sido superado para a possível filiação de Mendes no Podemos é o fator Taques. A ideia de disputar uma eleição contra o governador incomodava Mendes, mas agora - segundo sustentam os militantes do Podemos - a questão já estaria mais que resolvida. Isto porque reina entre aqueles que apoiaram o governo do tucano a sensação de que não há nenhuma "dívida" de lealdade a ser paga pelo ex-prefeito ao governador.

Esse entendimento seria porque Mendes teria cedido em um passado recente a pedidos de Taques que foram decisivos em sua carreira política. Na campanha para prefeitura, por exemplo, Mendes não fechou chapa com o PMDB a pedido do próprio Taques e teve de amargar um difícil segundo turno, vencido a duras penas e com abismais gastos de campanha. O adversário era Lúdio Cabral, do PT, que tinha como principal apoiador - e financiador - o PMDB.
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