Imprimir

Notícias / Política MT

Relator da PEC do Teto considera absurdo que governo de MT repasse R$ 200 mi para bancar poderes

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo/Ronaldo Pacheco

O deputado Romoaldo Junior (PMDB), relator da PEC do Teto de Gastos, considera um absurdo que o governo de Mato Grosso seja obrigado a repassar quase R$ 200 milhões por mês para os poderes, enquanto tem gente morrendo na fila de atendimento dos hospitais e outros sem atendimento.

Leia mais:
Com 18 votos a favor PEC do Teto de Gasto é aprovada em votação na Assembleia Legislativa


Após a sessão da última semana em que a PEC de Teto de Gastos foi aprovada com 18 votos a quatro, o peemedebista exaltou os benefícios da proposta, mas também criticou o excesso de gastos destinados ao poderes, que em sua opinião deveriam ser cortados e repassados para saúde.

“Eu vejo o seguinte, a PEC é importante não só para este final de governo, mas para o próximo. Chegou a hora do governo gastar menos do que arrecada, mas eles também foram tímidos em algumas áreas. Eu acho que tinham que cortar mais os poderes. Não justifica Mato Grosso passar para os poderes R$ 200 milhões por mês, enquanto isso a saúde padecendo muitas vezes com falta de recursos com UTI e com Hospital do Câncer”, analisou o deputado.

Para o parlamentar, a própria Assembleia Legislativa não poderia estar recebendo mais de meio milhão, assim como o Tribunal de Contas não precisaria de R$ 370 mil para funcionar. Ele afirmou que caso não houvesse uma grande resistência dos representantes dos poderes, seria possível uma redução de até 15% de corte antes de congelar os gastos.

 “Acho um absurdo o Tribunal de Contas ter R$ 370 milhões. Sou deputado, fui membro da Mesa Diretora, mas considero um absurdo também a Assembleia ficar com R$ 550 milhões. Dá para tirar de 100 à 150 milhões e destinar para saúde, mas os representantes vieram para cima. Poderíamos sim neste momento de aprovação da PEC a retirada de algo em torno de 10 a 15% e congelar” avaliou.

Por fim, o deputado declarou que os problemas do estado não se restringem apenas a carreiras dos servidores públicos, nem somente aos poderes e que existen muita gente precisando de atendimento médico.

“Mato Grosso não é só 100 mil servidores e nem só os poderes. O estado tem mais de 3 milhões de habitantes que vê no governo a solução de seus problemas. Acho que esses recursos que poderiam ter sido cortados deviam ser inseridos com urgência na saúde.Temos muita gente morrendo no interior, crianças em UTIs. Eu tenho andado e vejo a dificuldade da população quando se trata da saúde”, finalizou.
 
Imprimir