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“Até casamento acaba”, dispara Medeiros sobre rompimento com Taques e busca de rumo próprio

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

“Se até casamento acaba, a gente não vai ficar eternamente ligado! Cada eleição é uma história e não foi porque fui suplente de Pedro [Taques] naquela [de 2010] que eu tenho de ficar com ele eternamente”.  A declaração do senador José Antônio Medeiros (Podemos) selou o rompimento definitivo com o governador José Pedro Taques (PSDB), durante encontro da Frente Alternativa, sob coordenação do próprio Medeiros, no auditório Milton Figueiredo da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
 
Na atual eleição, o senador do Podemos observou que não há chance de estar no palanque de Taques. “Se houvesse possibilidade... não há possibilidade de estarmos juntos; não tem que se chorar. Cada um cuida do seu caminho”, sintetizou o parlamentar, que já foi do PDT e PSD, antes de migrar para o Podemos a convite do presidenciável Álvaro Dias.
 
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Mesmo evitando partir para o confronto em campo aberto, ele citou que o governo de Mato Grosso enfrenta graves problemas por equívoco de gestão. “É certo que o governo enfrenta graves problemas fiscais. Mato Grosso produz bastante e arrecada bastante, se o governo não consegue fazer esse dinheiro dar para fazer frente à demanda, sim, é uma questão de gestão”, observou ele.
 
José Medeiros não aceita que alguns que sempre estiveram no rol de aliados de Taques, como o ex-governador Jayme Campos e o ex-prefeito Mauro Mendes  (DEM), entre outros, hoje, marcham para ser oposição. “Ninguém tem discurso para fazer oposição a Pedro [Taques], neste momento! Pedro não teve oposição durante este tempo todo [39 meses]. Qualquer candidato vai surgir do grupo do Pedro. Ninguém vai virar oposição da noite para o dia e, depois, dizer sempre fui oposição”, criticou Medeiros, num recado indireto ao DEM e outros egressos do PSB.
 
As conversações com vários partidos fazem José Medeiros sonhar com a reeleição para o Senado.  “Temos conversado com vários partidos. E agora a corrida é muito rápida. Neste ano, a corrida eleitoral se tornou corrida de 100 metros. Não é mais como antigamente que era uma maratona. Estamos em fase de estruturação legal do Podemos e conquistando filiados”, citou ele, para a reportagem do Olhar Direto.
 
No rol de dialogo da Frente Alternativa, com o Podemos, estão PSD, PRB, Pros, PTB, PSDC, PRP, Avante e PTC. A possibilidade de ter vários presidenciáveis no mesmo palanque não incomoda, tomando como exemplo a eleição do então governador Dante de Oliveira, em 1994. “Dante de oliveira tinha cinco presidenciáveis no seu palanque.  A aliança é pró-governo de MT. E cada um faz o seu palanque à Presidência em Mato Grosso”, ensinou Medeiros.
 
Em 1994, o então candidato a governador de Dante de Oliveira foi eleito no primeiro turno e seu palanque sustentou os presidenciáveis Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Leonel Brizola (PDT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ulysses Guimarães (PMDB) e Roberto Freire (PPS).
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