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STF não compartilha documentos a CPI do Paletó e relatório deve ser feito com base em oitivas

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e o Supremo Tribunal Federal (STF) não compartilharam provas, além da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, que já é pública, ao vereador Marcelo Bussiki (PSB), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito batizada de ‘CPI do Paletó’, que investiga uma possível quebra de decoro do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), filmado recebendo dinheiro de suposta propina enquanto deputado.

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Bussiki viajou a Brasília acompanhado do procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo nesta terça-feira (13) com o objetivo de reunir mais provas para serem usada pelo relator da CPI, Adevair Cabral (PSDB) e para o seu relatório paralelo, porém o compartilhamento foi negado.

De acordo com a PGR e o STF, os documentos requeridos por Bussiki ainda estão em análise e por enquanto não podem ser compartilhados ao Ministério Público Estadual (MPE) e a outros órgãos como a Câmara Municipal para não atrapalhar os desdobramentos.

Desta forma, o vereador não teve acesso a íntegra dos relatórios da Polícia Federal e nem a lista de itens apreendidos no gabinete da prefeitura e na residência do prefeito durante a operação Malebolge deflagrada no ano passado.

A operação foi um dos desdobramentos da delação premiada de Silval Barbosa, que acusou deputados estaduais da legislatura passada, inclusive apresentando vídeos feito por seu ex-chefe de gabinete, de terem recebido pagamentos de propina para não causarem problemas nas fiscalizações das obras da Copa do Mundo de 2014.

O ex-governador e seu ex-chefe de gabinete estiveram na Câmara no mês de fevereiro e confirmaram que os pagamentos aos deputados, incluindo o prefeito Emanuel Pinheiro era de propina de um acordo entre Barbosa e a Assembleia Legislativa.

Já a defesa do prefeito, patrocinada pelo advogado André Stumpf alega que Barbosa e Silvio César Correa mentiram em suas delações e que a grande quantidade de dinheiro recebida pelo prefeito é referente ao pagamento de uma dívida que o ex-governador tinha com seu irmão, proprietário de um instituto de pesquisa.

Na semana passada, um requerimento do presidente da Câmara, Justino Malheiros (PV) pedindo suspensões de novas oitivas para a CPI foi aprovado por dois votos a um e o prefeito Emanuel Pinheiro, além de seu irmão não serão convocados.

O relator Adevair Cabral já anunciou estar satisfeito com os quatro depoimentos e que o seu relatório deve ficar pronto em duas semanas.
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