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Pedro Taques empossa Diego Guimarães no comando do Intermat e racha PP

Da Redação - Ronaldo Pacheco

Primeiro a pular da nau governista da gestão Pedro Taques (PSDB), o Partido Progressista está rachado. E uma iniciativa do próprio Taques plantou o pomo da discórdia na legenda: a posse do vereador Diego Guimarães (PP), no comando do Instituo de Terras do Estado (Intermat), ocorrida nesta quarta-feira (18), em cerimônia no salão Ponce de Arruda do Palácio Paiaguás.
 
Algumas das principais figuras do PP foram prestigiar a posse de Diego Guimarães. E o silêncio quase sepulcral do ministro da Agricultura e Pecuária, senador mato-grossense Blairo Maggi (PP), principal líder da agremiação, mas que está fora da disputa, deixa “cada um por si”, na montagem do palanque de 2018.  Maggi informou via assessoria que já manifestou em 26 de fevereiro o que pensa sobre as eleições e que o PP é livre para decidir sem consultá-lo.

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O presidente regional do PP, deputado federal Ezequiel Fonseca, reiterou que deseja a agremiação “bem longe” de Pedro Taques. “O partido Progressista, enquanto tiver sob nossa liderança, a orientação é de estar longe do governador Pedro Taques. Mas eu sou apenas um voto e dou a minha orientação. Vai ter convenção em agosto e até lá tudo é construção. Eu continuo firme no meu posicionamento”, observou Fonseca, para a reportagem do Olhar Direto, ao saber do convite ao vereador do PP de Cuiabá.
 
Indiferente aos protestos do presidente do PP, Diego Guimarães argumenta ser o primeiro “filho da reforma agrária” a assumir o comando do Intermat. Ele é filho do ex-prefeito Vandir Vaz Guimarães, primeiro prefeito de Guarantã do Norte, assentamento que virou cidade, no nortão de Mato Grosso.


 
 “Alguns opinam sem conhecer a minha história. Eu sou o primeiro filho da reforma agrária a assumir o Intermat.  Eu sou filho de Guarantã do Norte, meus pais foram para lá por conta da reforma, em um projeto de assentamento do Incra. Vivi a reforma durante toda minha vida”, observou ele, após a posse.
 
Diego Guimarães teve de se licenciar da Câmara de Cuiabá e, por conseqüência, da CPI do Paletó, para aceitar o convite do governador Pedro Taques para assumir Intermat. Ele substitui o  ex-deputado  Cândido Teles (DEM). Em seu lugar, na Câmara Municipal, assume o vereador Demilson Nogueira, presidente do PP de Cuiabá.
 
Indiretamente, Pedro Taques fez um favor imenso ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), de Cuiabá. Isso porque, sem Guimarães, a CPI do Paletó fica nas mãos dos vereadores Adevair Cabral (PSDB) e Mário Nadaf (PV), ambos aliados do prefeito. 
 
O presidente da CPI do Paletó, vereador Marcelo Bussiki (PSB), quase sempre é voto vencido, nas investigações. Diego não aceita ver o seu nome envolvido em ilações. “Essa conjuntura é de quem vive trabalhando com teorias da conspiração. Pensamentos mirabolantes, que fogem da realidade. Eu não participaria de qualquer negociata desta, não é meu perfil”, resumiu Diego Guimarães. Ele entende que Cabral e Nadaf  não poderiam ser membros, pois assinaram o requerimento após ser protocolizado na Câmara Municipal, em novembro de 2017.
 
Pedro Taques não conversa com Ezequiel, mas mantém sintonia fina como ex-secretário Neri Giller, que até a semana passada respondia pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).  

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