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Setor imobiliário de MT articula projeto eleitoral para disputar cadeira no Congresso Nacional

Da Redação - Vinicius Mendes

O corretor e diretor-secretário do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso (Creci-MT), Claudecir Contreira, afirmou que para 2018 o setor busca representatividade no Congresso Nacional, seja com uma cadeira de suplente de senador ou mesmo na Câmara dos Deputados. A categoria também cogita lançar um membro à Assembléia Legislativa de Mato Grosso. Tudo para conseguir trazer avanços ao cenário imobiliário de Mato Grosso.

Ele afirma que o atual momento, de estabelecimentos fechados na região central de Cuiabá, por exemplo, precisa de uma atuação política para mudar. Contreira sustenta que além de beneficiar a própria categoria, toda a sociedade pode se beneficiar com um parlamentar do setor, que poderá atuar melhorando as condições de financiamentos.

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Contreira afirmou que foi criado o Conselho do Mercado Imobiliário (CMI), em parceria com várias entidades, para conseguir trazer avanços ao setor. Além do Creci-MT, integram o CMI a Associação dos Comerciantes de Materiais de Construção do Estado de MT (Acomac), Sindicato das Indústrias Construção Estado de Mato Grosso (Sinduscon), Conselho Regional dos Despachantes Documentalistas de MT (CRDD), Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais, Comerciais e Condomínios de Cuiabá e Várzea Grande (Secovi), Sindicato dos Corretores de Imóveis (Sindimóveis), além do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso (CAU/MT) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Mato Grosso (CREA/MT).  

“Para nós que representamos o segmento, não importa muito quem será o representante  político, desde que seja um de nós, buscamos entendimento entre os vários setores que vivem do mercado imobiliário, para falarmos uma língua só e indicar um nome, e um nome que esteja melhor relacionado com algum partido. Então ideologia partidária fica em segundo plano, o que importa para nós é o segmento que atuamos”, afirmou.

“Estamos abertos para escutar os 'caciques políticos', os presidentes dos partidos, aqueles que vão estar com estas chapas majoritárias. Nós queremos ocupar sim uma vaga de suplência no Senado e talvez deputado estadual e federal”, disse o diretor secretário do Creci-MT.

A iniciativa de buscar um representante político da classe surgiu por causa da burocracia, embargos e outros empecilhos impostos pelo poder público às construtoras e ao setor.

“As construtoras encontram dificuldade com a burocracia exagerada, do Ministério Público intervir, por exemplo, embargar a obra, por questões pequenas. A Lei é muito complicada no sentido de atender quem realmente produz. Tem uma série de fatores que se desencadeiam como consequências ruins devido a este mau atendimento do setor público para com a iniciativa privada, e nós queremos ocupar um espaço político justamente para combater isso, para criar leis, criar regras, para facilitar este diálogo”.

Segundo Claudecir, existem muitos projetos parados no Congresso, relacionados ao setor, e com a falta de um representante, eles continuam estagnados.

“Imagine se o mercado imobiliário tiver um agente público com mandato lá no Congresso, como é o exemplo do agronegócio. Hoje nós temos 68 projetos parados, entre eles a tabela mínima de honorários para corretores. Imagina você trabalhar sem a certeza do que você vai receber no final do mês, e o corretor autônomo tem que ter esta certeza de quantos % ele vai receber com a transação, só temos uma sugestão de tabela, e esta tabela não está estabelecida em lei, nós queremos fazer isto ser garantido. Tem projetos lá do ano de 1998”, disse.

Após a crise econômica, a situação imobiliária no Estado não é das melhores. Na região central de Cuiabá é comum ver estabelecimentos fechados em algumas das Avenidas mais movimentadas. Claudecir disse que a situação ainda não melhorou por falta de alguém que lute por isso.



“A situação ficou desse jeito por causa da crise econômica, da crise política, não podemos deixar de considerar estes fatores, mas para tudo há um remédio. Mas quando você não tem articulação, quando você não tem união, quando não tem convergência para um único objetivo, este remédio se torna muito mais amargo, e é isto que queremos evitar, buscamos tratar isso de maneira mais objetiva, junto à Prefeitura, junto ao Estado, deixar os nossos profissionais do mercado imobiliário e os agentes do mercado imobiliário à disposição do setor público. Não deu uma melhorada ainda porque a gente não tem espaço, estamos buscando isso”.

O diretor secretário do Creci afirma ainda que todo cidadão que sonha em ter seu imóvel pode se beneficiar com a defesa do setor imobiliário. A questão do financiamento, junto à Caixa Econômica Federal, por exemplo, é algo que vem sendo acompanhado pela classe.

“A Caixa Econômica é um banco público, e se tratando de banco público, é o agente mais importante do mercado financeiro para questão da habitação, a Caixa detém 90% de toda a demanda. Então como ela detém muito, ás vezes uma opinião, um diálogo do mercado imobiliário com os diretores da Caixa, destrava estas questões, facilita o acesso ao crédito, e à medida que as taxas caem, os juros caem, consequentemente o financiamento se torna mais atrativo. A sociedade inteira seria beneficiada, porque como eu digo, o mundo é um grande imóvel, então todos sonham em ter a sua casa”.
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