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Júlio Campos desafia Pedro Taques a dizer quem tentou lhe colocar cabresto

Da Redação - Érika Oliveira

Integrante do grupo que assinou um manifesto contra o projeto de reeleição do governador Pedro Taques (PSDB), o ex-senador Júlio Campos (DEM) desafiou o tucano a dizer “quem, quando e por que” tentaram lhe colocar cabresto. A expressão foi utilizada por Taques para justificar o afastamento dos seus mais de 30 aliados, que se disseram decepcionados com a atual gestão e, além de criticarem a administração apontaram “vaidade, intriga e escândalos de corrupção” como motivos para o rompimento.

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“Ele tinha que divulgar, dar nomes, hora, data e o assunto que foi. Eu nunca fui ao governador Pedro taques impor nenhum cabresto nele, nenhuma posição, nenhuma radicalização. Eu sempre o ajudei, sempre colaborei dando ideia, dando sugestões e ele nunca aceitou. Ele não é homem de aceitar ideias e sugestões de ninguém. Em todos os casos ele tem que divulgar quem foi essa pessoa e qual o assunto proposto. Eu acredito que pode ter, mas não é da nossa parte. Meu posicionamento político contra ele é que eu acho que o Governo dele não merece um novo mandato”, afirmou Campos.

Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, no último dia 17, Taques disse que a “decepção” de seus ex-aliados seria fruto de um anseio frustrado de tentar controlá-lo. “O Pedro não mudou, todo mundo sabia como eu era. Agora, algumas pessoas acreditavam que colocariam cabresto em mim, pelo fato de ter ajudado na campanha eleitoral, pelo fato de ser milionário. Não adianta”, disse, à época.

Nesta semana, mais de 30 ex-aliados de Taques assinaram um manifesto contra seu possível projeto de reeleição. O documento, intitulado “Porque não apoiaremos a reeleição de Pedro Taques”, foi divulgado em primeira mão pelo Olhar Direto na tarde da última terca-feira (24) e é assinado por lideranças políticas como o ex-vice-governador Carlos Fávaro (PSD), Mauro Mendes (DEM), ex prefeito de Cuiabá e ex coordenador de campanha de 2014, Otaviano Pivetta (PDT), ex prefeito de Lucas do Rio Verde e ex coordenador geral da campanha de 2014, Júlio Campos (DEM), ex-governador e apoiador da campanha de 2014, a ex-secretária do Gabinete de Combate à Corrupção Adriana Vandoni e Aldo Locateli, apoiador e financiador das campanhas de 2010 e 2014.

A rejeição a Pedro Taques é justificada por tópicos que incluem caos na Saúde, não cumprimento de promessas de campanha, ineficiência na gestão, mentiras, problemas financeiros do Estado e escândalos e indícios de corrupção.
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