Questionado recentemente sobre a possibilidade de deixar de cobrar ICMS da UFMT para ajudar na luta dos estudantes pela manutenção do almoço no Restaurante Universitário a R$ 1, o governador Pedro Taques recusou de pronto. “Onde já se viu o primo pobre ajudando o primo rico?”, questionou. A metáfora faz sentido, uma vez que a União fica com maior parcela nos recursos, como determina o pacto federativo. O problema é que a lógica do governador não se aplica quando ele é o “parente mais abastado” da relação. Frente ao atraso nos repasses à Defensoria Pública, Taques afirmou o seguinte: “disse ao doutor Jefferson para me procurar, para que pudéssemos ligar para todos os prefeitos para que os municípios ajudassem nisso”. Os municípios, como se sabe, são os primos mais pobres dessa família.