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Bebê bateu cabeça antes de ser enterrada viva; bisavó responderá por tentativa de homicídio

Da Redação - Wesley Santiago

A recém-nascida enterrada viva pela bisavó, na última terça-feira (05), em Canarana (879 quilômetros de Cuiabá) e resgata por equipes das polícias Civil e Militar mais de sete horas depois, teria batido com a cabeça em um vaso sanitário, no momento de seu nascimento. A Polícia Civil descobriu que a bisavó da criança foi quem cortou o cordão umbilical e a enterrou. Segundo a família, todos acreditaram que ela estava morta.

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Conduzidas à delegacia para esclarecimentos, a mãe da criança (adolescente de 15 anos) e a avó do bebê contaram que a jovem sentiu fortes dores (contrações) e foi ao banheiro sozinha, momento em que deu a luz a menina. Ao nascer, a criança teria batido a cabeça no vaso sanitário, ocasionando sangramento.
 
Depois, a bisavó da criança cortou o cordão umbilical do bebê e também foi a responsável por enterrar a recém-nascida, conforme as investigações. Kutz Amin, de 57 anos alegou que a criança não chorou e por isso acreditou que estivesse morta e segundo costume de sua comunidade enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais.
 
A Polícia Judiciária Civil de Canarana realizou autuação em flagrante pelo crime de homicídio tentado praticado pela bisavó da bebê. De acordo com o delegado Deuel Paixão de Santana, o fato só veio a tona (e a criança salva), porque a mãe do bebê apresentou hemorragia durante toda a tarde de terça-feira (05) e em razão da necessidade de atendimento médico a ocorrência foi divulgada.
 
A bisavó será encaminhada para audiência de custódia para deliberação do Judiciário. A recém-nascida segue internada em uma unidade hospitalar de Água Boa. Pelo fato do pai não assumir a criança e a mãe ter apenas 15 anos, há suspeitas de que tenham tentado matar a recém-nascida.
 
O caso
 
Uma criança indígena recém-nascida foi enterrada viva, na última terça-feira (05), e resgata por equipes das polícias Civil e Militar. O fato foi registrado na cidade de Caranana (879 quilômetros de Cuiabá). Segundo as informações iniciais, a própria avó teria sido responsável por enterrá-la, já que a mãe teria se envolvido com um índio de outra etnia.
 
A Polícia Militar informou que recebeu uma denúncia anônima de que em um local onde residia uma família indígena, a avó teria enterrado a própria neta, uma recém-nascida, por volta das 14 horas, com o consentimento da mãe.
 
Os militares então foram até o local indicado, onde a avó confirmou o fato. A família disse que seria uma tradição de sua etnia. Foi realizado o isolamento da área e acionada a Polícia Judiciária Civil.
 
Quando o investigador começou a cavar, percebeu o choro da criança. As equipes então rapidamente retiraram a menina de dentro da cova, por volta das sete horas depois de ela ter sido enterrada.
 
A menina foi levada com urgência para uma unidade de saúde da região, onde foi atendida. A suspeita era de que ela tivesse duas fraturas no crânio.
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