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Avó de bebê indígena enterrada viva dava bebida abortiva à grávida e também acaba presa

Da Redação - Vinicius Mendes

A avó da recém-nascida indígena enterrada viva na cidade de Canarana (823 km a Leste de Cuiabá) foi presa pela Polícia Judiciária Civil, nesta sexta-feira (08), em cumprimento de mandado de prisão temporária decretado pela Justiça, por tentativa de homicídio. Durante a gravidez da filha a mulher, identificada como Tapoalu Kamayura, lhe dava chás abortivos. A bisavó da criança já havia sido presa por enterrar a menina viva.

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Em continuidade às investigações, a Polícia Civil com oitivas de testemunhas envolvidas no caso, apurou a conduta e participação da avó da vítima, a indígena Tapoalu Kamayura, 33.

Ela tinha conhecimento da gravidez da filha de 15 anos, em razão da adolescente ser solteira e o pai da criança já ter casado com outra indígena. Durante todo período gestacional também ministrou chás abortivos para interromper a gravidez, segundo os depoimentos colhidos.
 
Segundo a apuração, a indígena (mãe da adolescente) premeditou e planejou junto com sua mãe (avó da adolescente e bisavó da recém-nascida), Kutsamin Kamayura,  o que seria feito com o bebê logo depois do parto.
 
A bisavó da criança, de 57 anos, foi presa na manhã de quarta-feira (06). Na ocasião, alegou que a criança não chorou após o nascimento, por isso acreditou que estivesse morta e, segundo costume de sua comunidade, enterrou o corpo no quintal, sem acionar os órgãos oficiais.
 
Diante dos novos fatos e indícios, o delegado de polícia Deuel Paixão de Santana, representou pelo pedido de prisão temporária de Tapoalu Kamayura, que rapidamente foi deferido pelo juízo competente da Comarca de Canarana, com parecer favorável do Ministério Público Estadual.
 
Os policiais civis deram cumprimento ao mandado contra a suspeita, que foi encaminhada para Cadeia Pública Feminina, no município de Nova Xavantina.
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