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Ex-secretário, Eder diz ter orgulho da Copa em Cuiabá e que substituto executou mal os projetos

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Érika Oliveira

O ex-secretário da Casa Civil e da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo (Agecopa), Eder Moraes, fez um balanço de quando esteve à frente dos assuntos relativos ao Mundial de 2014, que teve quatro jogos em Cuiabá. Eder se disse orgulhoso do legado deixado e garantiu que o seu substituto, Maurício Guimarães, executou mal os projetos deixados por ele.


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“Eu sai da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) – que antes de ser criada era chamada de Agecopa - em 2012 e a Copa aconteceu em 2014. Quando assumi em 2011, não tinha um meio-fio instalado em Cuiabá. Quando deixei a pasta, todos os projetos básicos e executivos estavam prontos”, comentou Eder em entrevista ao Olhar Direto.
 
Eder ainda acrescentou que “na hora de dar a ordem de serviço para a execução efetiva das obras, houve uma discussão com o ex-governador Silval Barbosa e ele resolveu me tirar. Isso porque eu não iria compactuar com situações que eu estava sentindo acontecer a minha volta”.
 
Por fim, o ex-secretário afirmou ter “orgulho da Copa do Mundo aqui em Cuiabá. Consegui implementar todos os projetos, que é uma das coisas mais difíceis de se fazer. Trabalhei dioturnamente e entreguei um excelente resultado para a sociedade mato-grossense. A execução deste resultado foi mal feita por quem me sucedeu”.
 
Eder Moraes já foi condenado quatro vezes em primeira instância na Justiça Federal, por delitos como corrupção passiva, peculato em lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Ararath.
 
O ex-secretário, por sua vez, sustenta que nunca roubou dinheiro público e que neste momento sua única intenção é colaborar com o desenvolvimento do Estado.  “A tornozeleira está na minha perna, não está na minha cabeça ou na minha ideia. Não está nos meus ideais, não está na minha capacidade, não está na minha inteligência”.
 
Recentemente, Eder recorreu da sentença do juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara Federal em Mato Grosso, que o condenou em maio de 2017 a 10 anos e 8 meses de prisão em consequência da "Operação Ararath", por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A condenação foi estabelecida por conta de um esquema que teria desviado cerca de R$ 5,2 milhões do Governo do Estado por meio do pagamento de precatórios.
 
A Ararath evidenciou a existência de uma organização criminosa que, valendo-se de um sistema financeiro paralelo, movimentou cifras milionárias para fins diversos, incluindo corrupção de servidores públicos e financiamento ilegal de campanhas eleitorais, praticando diversos crimes conexos com crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, notadamente a operação clandestina de instituição financeira, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro.
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