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Meirelles alfineta Bolsonaro e diz que distribuir armas é proposta de quem não conhece o país

Da Reportagem Local - Érika Oliveira/ Da Redação - Lucas Bólico

Henrique Meirelles (MDB), ex-ministro da Fazenda do governo Temer, alfinetou o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (25), em Cuiabá, em que se lançou pré-candidato à Presidência da República. Sem citar nomes, Meirelles deu a entender que o deputado fluminense de sétimo mandato além de não conhecer o país, não tem a menor noção do que fazer caso seja eleito e tem lançado propostas que estão prejudicando o Brasil.

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De acordo com Meirelles, o próximo governo precisa ter como norte a recuperação econômica do país, para que o Estado Brasileiro possa ter recursos para desenvolver políticas públicas que resolvam os anseios da população, inclusive em temas delicados à sociedade como segurança pública – um dos eixos do discurso bolsonarista – e saúde.
 
“Nos últimos dias, semanas e até nos últimos meses a economia brasileira já caiu um pouco e as pessoas se preocupam muito com isso, com razão, mas o verdadeiro motivo disso [retrocesso econômico recente] são propostas de candidatos que querem ou voltar atrás, adotando novamente aquelas políticas que deram errado, aquelas medidas que levaram o país à crise, ou adotando uma série de medidas de quem não conhece o país e que não tem muita noção do que fazer, por exemplo, apenas distribuir armas pra resolver o problema [do país]. Isso ai, na realidade, vai piorar o problema. Então nós temos um plano em primeiro lugar de crescimento. um plano de criação de emprego, de manutenção de uma inflação baixa”, afirmou o emedebista.
 
Meirelles lançou-se à Presidência do Brasil em coletiva de imprensa em Cuiabá ao lado dos deputados federais Carlos Bezerra (MDB) e Valtenir Pereira (MDB); do senador Wellington Fagundes (PR); ex-senador Márcio Lacerda (MDB) e dos deputados estaduais Janaina Riva (MDB) e Silvano Amaral (MDB). Em seu discurso, destacou a atuação como presidente do Banco Central no governo Lula e a condução do Ministério da Fazenda no atual governo Michel Temer.  
 
“O Brasil está vivendo uma crise muito grande, a população sofreu muito, tivemos um aumento muito grande do desemprego, alguns estados sofreram menos, mas o país como um todo teve prejuízos enormes com a última crise econômica que foi criada por erros do governo anterior. Nós entramos num trabalho intenso de correção de tudo isso quando eu estava no Ministério da Fazendo e o país voltou a crescer, saiu de uma crise grave, começou a crescer, mas temos muito trabalho à frente”, afirmou.
 
O emedebista centra seu discurso na recuperação econômica do país para, a partir disso, desenvolver políticas públicas em outras áreas. “Nós temos um plano, em primeiro lugar, de crescimento. Um plano de criação de emprego, de manutenção de uma inflação baixa e investimento forte em saúde, segurança e educação. Segurança é um problema nacional hoje. O país tem que enfrentar isso com vigor e isso faz parte de todo o processo de retomada do crescimento porque ai temos que aumentar a arrecadação para que os estados também possam investir mais na segurança, além do governo federal”.
 
Ainda com relação à segurança, Meirelles defende a equiparação das polícias no combate ao crime. O emedebista ainda falou rapidamente sobre a saúde, em um plano que atenda tanto os doentes, mas que aja de maneira preventiva, com investimento em saneamento básico, por exemplo, para evitar a proliferação de doenças.
 
“O importante é manter a saúde da população, com boa alimentação, dando condições para que cada um tenha um padrão de vida melhor, dando emprego, mas também saneamento básico, dando condições de higienização das cidades para que nós possamos de fato crescer. Em resumo, garantir condições de vida para a população e educação para garantir o futuro das nossas crianças e estudantes. Esta é uma proposta que já foi testada. Eu não trago aqui apenas a idéias ou coisas fantasiosas, mas tenho todo um trabalho realizado nos últimos anos, seja nos últimos dois anos como ministro da Fazenda, seja nos oito anos em que fui presidente do Banco Central, de 2003 a 2011, quando o Brasil cresceu muito”.
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