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Taques não aceita culpa por atraso em entrega do novo PSM: “quem decidiu construir fui eu”

Da Redação - Ronaldo Pacheco

Principal bandeira da campanha eleitoral de 2014, vencida no primeiro turno pelo governador José Pedro Taques (PSDB), a confirmação de que o novo Hospital e Pronto Socorro Municipal não será mais entregue neste ano tende a ocupar espaço generoso nas discussões de 2018. O prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), de Cuiabá, remarcou para abril de 2019 a inauguração do novo Hospital e PSM, prevista para o segundo semetre de 2016 e, na seqüência, com registro de mais três adiamentos.
 
Taques recordou que foi quem assumiu o compromisso de contrução do novo PSM, com o então prefeito Mauro Mendes (DEM), e que a obra começou no quarto mês do seu primeiro ano de mandato (abril de 2015), com aporte de R$ 50 milhões do governo de Mato Grosso. Na parceria, a  Prefeitura de Cuiabá se responsabilizou em entrar com R$ 27 milhões, na execução da obra.
 
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Pedro Taques externou o seu aborrecimento com a carta assinada por 23 vereadores da Capital, exigindo a suposta ‘devolução’ de R$ 82 milhões para a Prefeitura de Cuiabá adquirir equipamentos para a unidade sanitária. “Quem decidiu construir o novo Hospital fui eu! Nós iniciamos a construção do novo Hospital e Pronto Socorro Municipal no quarto mês do primeiro ano do meu mandato, com obra tocada pela Prefeitura de Cuiabá. Nós entramos com R$ 50 milhões e a municipalidade com R$ 27 milhões. E nós nos comprometemos em equipar o PSM”, recordou o chefe do Poder Executivo do Estado.
 
O governador recordou que o prefeito da Capital lhe mostrou o rol de equipamentos a serem comprados. “O prefeito Emanuel Pinheiro me apresentou [na segunda-feira, 25] a relação dos equipamentos necessários. Ficou agendada uma reunião do secretário-chefe da Casa Civil, Ciro Siqueira,  com o representante da prefeitura para decidir isso”, citou ele, para a reportagem do Olhar Direto, após participar de evento em Chapada dos Guimarães.
 
O mandatário do Palácio Paiaguás insiste na tese de que não deve ser responsabilizado pelo atraso na inauguração do novo PSM. “O dinheiro para equipar o hospital, sim, o Estado já tem à disposição, para repassar conforme a necessidade da compra dos equipamentos. Não é por falta de dinheiro do Estado que o Hospital não vai terminar. O verdadeiro motivo é que a obra ficou paralisada lá atrás, num determinado momento”, pontuou Taques, ao lado da prefeita Telma de Oliveira (PSDB), de Chapada dos Guimarães, e do deputado Wilson Santos (PSDB).
 
A bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional destinou R$ 100 milhões para a compara de equipamentos ao novo Hospital e Pronto Socorro Municipal. Por conta de atraso nas obras, os deputados federais e senadores aceitaram repassar os recursos para custeio da saúde pública de  Mato Grosso. E é isso que vem sendo cobrado pela Câmara de Cuiabá, nos ofícios ao Gabinete do Governador, exigindo que  os R$ 82 milhões da emenda federal sejam repassados integralmente para a Prefeitura de Cuiabá comprar equipamentos.
 
Numa metáfora pouco comum, Taquas disse que não iria agir como a gestão do ex-goverandor Silval Barbosa,  que comprou vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) sem concluir a obra. “Desejo expressar o meu respeito aos vereadores. Mas o que ocorreu foi o seguinte: a bancada federal concedeu R$ 100 milhões em emendas para Mato Grosso. E eu não iria pegar e fazer como o governo passado fez, que comprou vagões do VLT antes de  terminar a obra. Não podemos comprar equipamentos para o PSM antes de terminar a obra. O Estado de Mato Grosso tem o compromisso de equipar e vai honrar”,  complementou Taques.
 
“Os vereadores de Cuiabá precisam lembrar que quem decidiu construir o Pronto Socorro fui eu. E que o Estado deu R$ 50 milhões para a obra [a fundo perdido]. Aliás, nesse ponto eu não estou devendo absolutamente nada. Quem está devendo é quem passou pelo governo e não fez nada”, cutucou ele, novamente mirando Silval Barbosa.
 
Pedro Taques transferiu para Emanuel Pinheiro a responsabilidade de comprar ou alugar equipamentos. “Depende da decisão da Prefeitura de Cuiabá, dona do novo Pronto Socorro. Não foi-me apresentado nada nesse sentido. Cabe ao governo do Estado repassar os valores, assim que a municipalidade repassar a data correta dos processos licitatórios”, sintetizou Taques.
 
E ele não crê sequer haver necessidade de marketing para mostrar que suas digitais se encontram no novo Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá. “O cidadão de Mato Grosso sabe. Aliás, o cidadão do Vale do Cuiabá, sabe... E o cidadão cuiabano, também sabe que, nesta obra, o governo do Estado entrou com R$ 50 milhões. Portanto, eu tenho certeza que o prefeito Emanuel Pinheiro reconhece isso, porque, sem o governo do Estado, esta obra não estaria como está hoje, com mais de 80% pronta”, complementou o goverandor, para o Olhar Direto.
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