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“Quem faz dossiê é canalha!”, dispara Taques sobre supostas denúncias contra governo

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco

A ampliação dos decibéis sobre supostas investigações que possam resultar em dossiês para serem utilizados na campanha eleitoral tendem a serem ignoradas pelo Palácio Paiaguás. Mesmo assim, o governador José Pedro Taques (PSDB) tratou com dureza quem produz documentos do gênero para se tornarem “denúncias” contra a sua gestão, durante a sua campanha à reeleição.
 
As conversa de que estão em fase de elaboração dossiês sobre os casos Rêmora, Grampolândia Pantaneira, Bereré e Bônus, entre outros, foram atacados pelo chefe do Poder Executivo.
 
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“Quem faz dossiê é canalha! Se você [concorrente] tiver alguma coisa para me falar, então que fale na cara! Como eu faço! Aliás, eu sou muito criticado por isso. Hora em que me falarem o nome [de quem faz dossiê], eu vou responder”, afirmou Taques, nesta quarta-feria (27), após vistoriar obras de pavimentação da MT-402, ligando a Rodovia Emanuel Pinheiro até o Distrito do Coxipó de Ouro, em Cuiabá.
 
Contudo, desafiou que o ataquem como quiserem, porque não tem medo. “Agora, eu não tenho medo do meu futuro, porque  não temo o meu passado”, emendou ele.
 
Pedro Taques cutucou os adversários por supostamente estarem em desespero prematuramente, já que sequer declarou-se candidato à reeleição. “Quem vai dizer isso são os partidos políticos que estão buscando a minha reeleição; e, num segundo momento, quem vai dizer isso é o eleitor, se eu for candidato, na hora do voto”, citou ele, para a reportagem do Olhar Direto.
 
No entanto, Pedro Taques reconhece que houve caso de corrupção na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o que resultou na Operação Rêmora. “Nós tivemos caso de corrupção na Seduc; isso foi investigado. Não tem nenhuma participação minha! Eu tomei as providências cabíveis”, pontuou Pedro Taques.
 
Sobre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), atingido pelas Operações Bereré e Bônus, ele lembra que seu nome não está envolvido e prefere aguardar o final das investigações, ainda em curso. “A questão do Detran de Mato Grosso: nós precisamos dar  a estas pessoas o direito ao contraditório e à ampla defesa. A Justiça é quem vai definir. Não existe nenhuma ligação com o meu nome”, justificou Taques.
 
O goverandor trata de reiterar que é dono do próprio CPF e que não responde por terceiros. “Agora, senhores: eu tenho cem mil colaboradores no governo de Mato Grosso. Eu não posso ser responsável por aquilo que todos fazem. Porque senão nós teríamos o que vivenciamos na época de Tiradentes.  Tiradentes foi julgado culpado. Aí condenaram o filho de Tiradentes; o neto de Tiradentes; e o bisneto de Tiradentes. Isso não mais existe no Brasil”, resumiu o chefe do Poder Executivo, numa comparação inusitada.
 
“O Poder Judiciário vai chegar à verdade no momento correto. O processo é instrumento de dignidade. Serve para condenar e serve para absolver”, complementou Pedro Taques, para a reportagem do Olhar Direto.
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