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José Medeiros diz que vai representar contra desembargador que determinou soltura de Lula

Da Redação - Vinicius Mendes

O senador José Medeiros (Podemos) afirmou que irá representar contra o desembargador federal Rogério Favreto (TRF-4) junto ao Conselho Nacional de Justiça, por causa da decisão que o magistrado deferiu no domingo (8), concedendo habeas corpus para soltura do ex-presidente Lula. 
 
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Medeiros disse que isto foi uma manobra do PT, que partiu de três parlamentares filiados ao partido, que teriam esperado um ex-militante entrar no plantão para pedir pela soltura de Lula. O presidente do TRF-4, desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, decidiu durante a noite pela manutenção da prisão de Lula.

“Nós não podemos ficar com o sistema de Justiça brasileiro à mercê deste tipo de coisa, uma manobra sorrateira. Nós não vamos entrar aqui no mérito da coisa, mas foi feio, dá vergonha alheia, mas isso dá descrédito para as instituições, não vou culpar aqui o TRF4, não foi o TRF4, foi uma manobra do PT, da bancada do atraso, é um ex-militante do PT, não agiu como juiz [desembargador], vocês podem notar, agiu como partidário”, disse o senador.

Medeiros ainda afirmou que irá representar contra Favreto junto ao Conselho Nacional de Justiça por causa das decisões de ontem, que segundo o senador, “ficou parecendo uma tramóia”. Ao final do vídeo, ele ainda parabenizou o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson, por sua decisão em manter Lula preso.

“Não foi normal, foi totalmente atípico, e por três parlamentares do PT. Então aqui fica este registro, deste barulho que foi hoje de manhã cedo, parabéns ao juiz Sergio Moro, ao presidente do Tribunal Regional da 4ª Região, porque seria uma ‘doidice’ um preso condenado ser liberado em plantão judiciário”.



Cabo de guerra
 
Na manhã de ontem (9) o desembargador federal plantonista Rogério Favreto decidiu conceder liberdade ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, a pedido de três parlamentares do PT ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

À tarde o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava Jato em segunda instância, determinou que não fosse cumprida a decisão de Favreto. O desembargador plantonista, no entanto, determinou novamente que Lula fosse solto, com prazo máximo de uma hora.

Já à noite, o presidente do TRF-4, desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, decidiu que Lula continue preso e o processo retorne ao relator dos casos da Lava Jato na Corte, desembargado João Pedro Gebran Neto.
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