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Mauro diz que Taques gasta R$ 70 milhões com jatinho e não pode jogar culpa na crise

Da Redação - Wesley Santiago/Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo/Érika Oliveira

“Não podemos mais ver o governador gastar R$ 70 milhões andando de jatinho para cima e para baixo, enquanto falta dinheiro para pagar Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”. A declaração indignada é do pré-candidato ao governo de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), que oficializou nesta terça-feira (24) o seu nome na disputa do comando no Palácio Paiaguás, durante entrevista coletiva. Além disto, o ex-prefeito de Cuiabá afirmou que o governador Pedro Taques (PSDB) não pode jogar a culpa na crise.

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“Enchemos o peito para falar que somos os maiores produtores de soja, algodão, bovinos e falta dinheiro para pagar o combustível das viaturas da polícia. Não adianta culpar a crise, estive na prefeitura de 2014 a 2016. O auge da recente crise aconteceu exatamente nos meus dois últimos anos de mandato, quando o Produto Interno Bruto (PIB) foi de quase 3 pontos percentuais negativos, quando a economia teve o maior retrocesso. Diferente do que aconteceu no país, em Mato Grosso a arrecadação nunca diminuiu, tanto da prefeitura, quanto do governo. Como podemos culpar a crise, se a receita cresceu?”, questionou o democrata.
 
Para Mendes, o governador Pedro Taques “não soube controlar os gastos, houve uma falta de foco e gestão e agora temos esta realidade. Não será fácil, não existe salvador da pátria. Faremos politica falando a verdade. Não podemos mais ver o governador gastar R$ 70 milhões andando de jatinho para cima e para baixo, enquanto falta dinheiro para pagar UTI”.
 
O democrata ainda citou a inadimplência do Estado com seus fornecedores e a falta de repasse para os hospitais, prefeituras e Poderes. Mauro Mendes revelou que obteve a informações de que Mato Grosso teria R$ 3,6 bilhões de restos a pagar e que o número pode chegar ou ultrapassar os R$ 4 bilhões: “Isso é cinco vezes mais do que tínhamos em alguns anos”.
 
De acordo com os dados registrados pela Secretaria de Estado de Planejamento do Estado (Seplan), a economia de Mato Grosso cresceu 14,1% no ano passado, enquanto que a economia nacional teve crescimento de apenas 1,4%.
 
Em 2017, Mato Grosso arrecadou R$ 25,5 bilhões enquanto em 2016 a receita foi de R$ 19,3 bilhões. Ou seja, houve aumento de R$ 6,2 bilhões na arrecadação em um período de um ano.
 
Em outras entrevistas, Mauro disse que o atual governo não possui capacidade de realizar um enxugamento das despesas da máquina pública, medida que resultaria em mais dinheiro para investir nas áreas críticas, como Saúde, Educação e Segurança.
 
O pré-candidato ainda lembrou que como prefeito de Cuiabá, já em 2014, e com a crise econômica iminente, antecipou as ações para controlar as finanças da Prefeitura, diminuindo os gastos, cortando excessos, respeitando o servidor público e promovendo medidas para aumentar a arrecadação, que garantiram o pagamento de servidores e fornecedores em dia.
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