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Procurador Mauro diz que riqueza do agro fica na mão de poucos e pede revisão na Lei Kandir

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

O candidato ao Senado Procurador Mauro (Psol) voltou a atacar seus adversários ligados ao agronegócio e garantiu que se for eleito irá lutar no congresso por uma revisão na Lei Kandir, que em sua opinião beneficia somente os empresários milionários do agro e que a riqueza acaba não sendo distribuída para a população que mais precisa.

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“Mato Grosso é um estado rico, mas sua população é pobre. A riqueza gerada pelo agronegócio está concentrada na mão de poucos. Vejo nas candidaturas adversárias pessoas com fortunas, com milhões. A riqueza produzida no agronegócio é uma riqueza extremamente concentrada na mão de poucos e não se reverte para pessoas mais pobres”, disse o socialista em entrevista à rádio Vila Real, na manhã desta terça-feira (28).

Ainda conforme o candidato, a Lei Kandir precisa ser revisada por ser vantajosa somente para os barões do agronegócio, deixando Mato Grosso desindustrializado, além de não ser revertida para a população que mais precisa de serviços. 

“Temos a Lei Kandir. Nós temos o entendimento, de que esta lei é desindustrializante por que o incentivo todo no caso da Lei Kandir é para que exporte os grãos in natura. É um incentivo fiscal as avessas, para que o estado continue agrícola e se torne cada vez mais agrícola, apenas importando produtos in natura, por que não é vantajoso para os produtores daqui. Uma vez industrializados dentro do mercado interno, este produto terá que pagar tributação. Mas se forem exportados, estes produtos estão isentos. O estado fica cada vez mais rural, é uma lei que precisa de revisão, para que esta riqueza seja redistribuída e possa ser distribuída no estado. Precisamos fazer isso para que a riqueza não fique apenas no lucro dos grandes barões do agronegócio”, analisou.

Por fim, o Procurador da Fazenda Nacional, que também é cantor de Lambadão, afirmou que caso seja eleito, irá representar o povo de Mato Grosso, diferente de seus adversários que trabalham atendendo a interesses de financiadores.

“Pretendo ser senador da República para representar no Senado Federal o desejo do povo. O que acompanhamos hoje é que existe uma grande deficiência nesta representação. Em verdade, a grande parte de político representa apenas os seus próprios interesses. Muitos políticos representam apenas o interesse de seus financiadores e o interesse do povo acaba ficando em segundo plano. Minha principal proposta é uma mudança de paradigma, ser o representante do povo e não de grandes empresários e como muitos outros políticos dizem, que são representantes do agronegócio”, finalizou.
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