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Delúbio usa revista para buscar apoio de deputados e senadores à refiliação ao PT

Folha Online

Em campanha pela refiliação, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares começou uma nova ofensiva nesta semana. Expulso em 2005 do PT após o escândalo do mensalão, ele tem circulado pelos gabinetes de deputados e senadores petistas em busca de apoio para voltar aos quadros do partido.

O principal argumento para o convencimento dos correligionários é uma revista elaborada por ele em sua própria homenagem.

Com 116 páginas, a revista tem depoimentos em favor de Delúbio, como a defesa apresentada ao PT em 2005 quando foi expulso do partido. Os 10 mil exemplares da publicação teriam custado ao ex-tesoureiro R$ 9.200.

O ex-petista tem a pretensão de disputar uma vaga pela legenda à Câmara dos Deputados em 2010, mas integrantes do Diretório Nacional do PT acreditam que o partido não vai voltar a discutir o assunto em curto prazo, o que inviabilizaria a possibilidade da filiação a tempo de Delubio ser candidato pelo PT no ano que vem.

Em conversas com integrantes do partido, Delubio avalia, segundo interlocutores petistas, que teria condições de se eleger mesmo após o escândalo do mensalão que resultou numa série de processos contra o ex-tesoureiro na Justiça e que não foi julgado.

Procurado pelo ex-tesoureiro, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), afirmou que há espaço para discutir o retorno dele. "Já transmiti ao comando do partido que em princípio eu não vejo que está punição deva ser eterna. Ele reconheceu que houve alguns erros e do ponto de vista do que aconteceu naquele episódio, a responsabilidade não foi apenas dele. Ele assumiu que houve recursos não contabilizados", disse.

Segundo Suplicy, a volta de Delúbio estaria condicionada a um novo modelo de controle de arrecadação e despesa do partido. "Agora, eu defendo que ao mesmo tempo o partido a partir de agora passe a ter um sistema de registro de suas receitas e despesas de maneira transparente, em tempo real, com todas aquelas receitas, sejam elas de fundo partidário, sejam de pessoas físicas ou jurídicas, sendo divulgadas na internet", afirmou.
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