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“Estão nadando contra a correnteza”, diz apoiadora sobre movimento de mulheres contra Bolsonaro

Da Redação - Lucas Bólico

A enfermeira mato-grossense Fabiana Costa está engajada na campanha à Presidência da República de Jair Bolsonaro (PSL). Ela explica que escolheu o deputado federal porque identifica nele a perspectiva real de mudança na política brasileira e sustenta que o líder nas pesquisas tem angariado mais votos de mulheres a cada dia. Diante do movimento feminino que tem se levantado contra o candidato, minimiza, sustentado ser “fake news” e alega que esse posicionamento é de quem está “remando contra a correnteza”.

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“Isso ai são histórias, tem muita coisa fake news”, minimiza, sobre o tamanho dos grupos que surgiram nas redes sociais nas últimas semanas de mulheres que se posicionam contra o candidato do PSL. A apoiadora de Bolsonaro afirma que respeita o posicionamento divergente e entende que há espaço para todo mundo na discussão democrática. “Vamos lutar pelas nossas idéias e elas lutam pelas delas”.
 
Costa entende que as mulheres que se posicionam contra Bolsonaro estão mal informadas sobre as reais intenções do candidato. “Ninguém é perfeito, só peço que as pessoas busquem saber quem é Bolsonaro”, sustenta. “Eu peço que vão buscar mais material, o contexto, estudar e não buscar informações só na mídia. As pessoas só assistem TV e acabou, não buscam estudar o candidato”, critica.
 
A apoiadora de Bolsonaro elenca preocupações do candidato com a família como justificativa para defendê-lo diante de críticas. De acordo com ela, Bolsonaro prega o respeito à família e encampa defesa de crianças nas escolas, o que tem atraído o eleitorado feminino. “Essas mulheres que estão vindo e participando são as mulheres de família ou que querem constituir família, querendo voltar aos princípios. O Bolsonaro é a pessoa que dará segurança para as mulheres”, garante.
  
“Desinformação e maldade”
 
Coordenador voluntário da campanha de Jair Bolsonaro em Mato Grosso, o advogado Rafael Klaus classificou como “radical”, “maldoso”, “partidário”, “político” e “ideológico” o movimento de mulheres contra o candidato do PSL. De acordo com ele, a recepção que os voluntários pró-Bolsonaro recebem nos atos de campanha mostra que as propostas do candidato estão sendo absorvidas pela população.
 
“A população tem se manifestado de forma muito positiva. Todos são voluntários, todas as pessoas ajudam de forma voluntária, não tem doação nenhuma da coligação”, disse o coordenador, cujo grupo tem realizado carreatas por todo Estado, eventos em que há momento de oração e de execução do Hino Nacional.  
 
“As pessoas têm pedido a presença da doutora Selma e uma surpresa para nós tem sido o Nelson Barbudo [candidato a deputado federal], ele é um fenômeno. As pessoas ligam muito a figura dele à do Bolsonaro”, conta, sobre o clima dos atos.
 
Quanto ao movimento de mulheres contra Bolsonaro, defende, como Fabiana Costa, que as pessoas pesquisem mais sobre o candidato. “É uma mistura de desinformação e maldade. É uma falta de respeito contra uma pessoa que sofreu um atentado muito grave, está acamado, e as pessoas produzem ataques contra ele”.
 
Críticas que recaem sobre o candidato com freqüência pelo eleitorado feminino retomam declarações sobre desigualdade salarial entre homens e mulheres.  “Há muita má interpretação do que ele disse sobre algo que é verdade, que o empresário muitas vezes prefere contratar um homem ao invés de uma mulher por conta da gravidez”, justifica Rafael. De acordo com ele, o que o candidato defende é que o Estado dê uma contrapartida ao empresário por conta do afastamento da funcionária grávida.
 
“As pessoas inventam coisas contra ele acusando-o de ser homofóbico. Basta pesquisar na internet as palavras Bolsonaro e Clodovil para encontrar um vídeo dos anos 1990 do Bolsonaro aparteando o Clodovil e as pessoas vão ver que uma pessoa que fala o que ele disse naquele vídeo jamais pode ser homofóbica”, rebate, sobre oura crítica constante dirigida ao candidato.
 
Atos pró-Bolsonaro
 
Leandro Figueiredo é outro coordenador voluntário que trabalha com Rafael Klaus na campanha de Bolsonaro. Ele esteve à frente do ato do último sábado, que percorreu Cuiabá e Várzea Grande. De acordo com cálculos da organização, foram contabilizados cinco mil carros e a base de cálculo era de três pessoas por veículo.
 
“Foi o maior ato até agora”, comemora Leandro, lembrando que foram quatro atos simultâneos em cidades diferentes de Mato Grosso. “Teremos mais uma carreata esta semana. daremos carreatas toda semana até o dia seis de outubro”, planeja.
 
O movimento pró-Bolsonaro tem crescido, de acordo com o apioador. O atentado sofrido pelo presidenciável, revela, serviu para aumentar a mobilização em torno do candidato, pois ajudou a tirar muitos eleitores da indecisão. “Temos muita adesão, se tivéssemos dinheiro para comprar um bi-trem veio de adesivo, não duraria uma semana”.



Ato contra
 
Um grupo de mulheres planeja para o próximo dia 29, um ato contra o presidenciável, no Monumento Ulisses Guimarães, em Cuiabá, às 16h. O ato está sendo planejado no Facebook por um grupo que se define como apartidário.
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