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Em Cuiabá, vice de Alckmin elege PT como grande adversário e compara Haddad a Dilma

Da Reportagem Local - Érika Oliveira/ Da Redação - Lucas Bólico

A senadora Ana Amélia (PP), vice na chapa do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou em entrevista coletiva concedida em Cuiabá que o grande adversário da campanha tucana é o PT. Ao ser questionada sobre o material de campanha de Alckmin direcionado contra Jair Bolsonaro (PSL), a congressista voltou suas baterias contra o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), escolhido pelo ex-presidente Lula para substituí-lo na chapa presidencial.

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“Nosso adversário é o PT e nós vamos mostrar que o Haddad vai ser a Dilma amanhã. O Haddad vai ser a Dilma amanhã! O Lula está colocando um poste para ser o seu representante e, como disse o Haddad, Lula será o que quiser no governo. Só faltou ele dizer que o Lula vai ser o presidente, que quem vai mandar vai ser ele, Lula, e não o presidente, mas isso não vai acontecer porque quem vai chegar no segundo turno vai ser Geraldo Alckmin”, declarou.
 
As últimas pesquisas eleitorais têm demonstrado Haddad em ascensão, rumo ao segundo lugar, e Bolsonaro na liderança consolidada, com oscilações positivas. Alckmin, que vinha desenvolvendo a estratégia de desconstruir a imagem do líder nas pesquisas agora se vê ameaçado pelo candidato petista, sob o risco de ficar de fora do segundo turno.
 
Ana Amélia ainda rebateu crítica que parte dos eleitores de Bolsonaro fazem a tucanos, que são acusados de defender a mesma ideologia. “Sou conservadora na ética, moral, bons costumes, desenvolvimento, pleno emprego e saúde de qualidade. Sou conservadora nesse valores”, reiterou, antes de defender a pluralidade de pensamento dentro de um partido. A senadora ainda lembrou o trabalho de Nilson leitão como deputado federal em defesa do setor produtivo.
 
Autoritarismo
 
A senadora abriu a coletiva saldando os jornalistas, defendendo a liberdade de expressão e criticando visões de mundo totalitárias que ameaçam liberdades individuais e flertam com a censura.
 
“Como jornalista durante tantas décadas, eu acho que nosso país precisa ter um grau de respeito da liberdade de expressão, um grau de respeito às diferenças, grau de respeito de intolerância as diferenças religiosas, as diferenças raciais, esportivas, as diferenças partidárias e as diferenças de gênero”.
 
A vice de Alckmin ainda reproduziu o discurso adotado pelo tucano de que os extremismos devem ser evitados. “A intolerância está nos levando a este embate, nós e eles, extrema de um lado, extrema de outro. Os extremos nunca foram bons conselheiros. Os extremos nos remetem sempre a essa atitude de intolerância. Aos meus colegas jornalistas eu faço apenas essas ponderações nesta hora crucial. Hoje, estamos a poucas semanas, a 20 dias de uma eleição a presidência da republica e aos governos estaduais, a renovação da mulher no congresso nacional. Precisamos que o país recupere sua esperança, recupere a sua confiança”, defendeu.
 
Especificamente sobre Mato Grosso, defendeu melhoras na logística. “Especialmente no Estado, que é o celeiro do país, o Mato Grosso, que precisa de tantas demandas que o governo federal vai fazer, uma delas é a famosa 163, e também implementar outros processos da áreas ferroviária, fluvial e na área rodoviária. Um estado que precisa de condições”.
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