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Notícias / Cidades

Polícia descarta sequestro de crianças para rituais de magia negra em Cuiabá

Da Redação - Fabiana Mendes

Um boato que se espalhou nas últimas semanas pela baixada cuiabana e outros municípios de Mato Grosso está deixando pais apavorados. As informações que circulam nas redes sociais apontam que homens e mulheres, aparentemente bem vestidos, em um carro branco, estariam sequestrando crianças para rituais de magia negra. A Polícia Civil, no entanto, descartou o fato e afirmou que não consta nenhum registro sobre rapto em Cuiabá e Várzea Grande. Os boatos também estariam circulando nos municípios de Vila Rica e Confresa, mas a PM também desmentiu as informações que estariam sendo compartilhadas.

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Em uma das mensagens compartilhadas nas redes sociais, uma mulher afirma que um homem tentou raptar um menino no Bairro Jardim Vitória, região norte de Cuiabá. O post também diz que uma segunda pessoa conseguiu ver a situação e ajudar o garoto. Porém, não há registro da Polícia Civil sobre a tentativa de sequestro. 
 
Outra publicação aponta que no bairro Jardim Florianópolis, duas mulheres em uma carro branco, se aproveitavam de algumas situações para pedir informações e na oportunidade, raptava crianças para rituais de magia negra. A mesma publicação também aponta um homem, em um carro preto, que estaria nas proximidades das escolas para também raptar crianças.
 
A Delegacia Especializada de Defesa da Criança e Adolescente de Cuiabá (Deddica) realizou verificação preliminar e monitoramento junto ao Centro Integrado de Operações e Segurança Pública (Ciosp), e outras unidades policiais, para apurar a veracidade de informações que circulam em redes sociais sobre captura de crianças no bairro Jardim Florianópolis para rituais de magia negra. A Polícia Civil, afirmou que até o momento não consta qualquer registro oficial dessa natureza na região metropolitana.
 
Boatos
 
Ainda não se sabe a origem dos boatos, mas em 2015, a operadora de caixa, Francineide Freitas Leal, que morava em Várzea Grande, se mudou depois que montagens compartilhadas em redes sociais acusavam ela e o ex-marido de sequestrar e traficar crianças.

Francineide já recebeu ameaças pela internet e chegou a cortar o cabelo para não ser reconhecida nas ruas de Cuiabá, o que não adiantou. "Recebo ameaças nas redes sociais. É sempre algo como: 'Vou te mostrar como é tirar o órgão de uma criança, vou fazer a mesma coisa com você. Se eu te pegar vou te matar'", contou na época, ao G1/MT.

Para combater os boatos, Francineide acionou a polícia. "Essa pessoa tem que pagar, porque essa pessoa ajudou a destruir a minha vida naquele momento”, afirmou. De acordo com a Polícia Civil, é difícil descobrir a fonte exata do boato.
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