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Jayme Campos critica pesquisas, revela traições em campanha e minimiza segundo lugar

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

Eleito o segundo candidato ao Senado mais votado de Mato Grosso, com 490.6 mil votos, Jayme Campos (DEM) criticou as pesquisas que o apontavam como líder na disputa, disse não se incomodar com o segundo lugar e revelou ter presenciado traições de outros políticos durante sua campanha.  

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“Eu não faço política olhando para retrovisor, olho sempre pela frente. Agora é natural, não vou chamar de traição, mas muitas vezes em determinados momentos da campanha as pessoas sublimaram, vamos chamar assim, de fazer uma campanha com mais ênfase em Jayme Campos. Muitas vezes estavam insatisfeitos por eu não poder dar alguma coisa a eles, outros que queriam fazer uma forçação de barra para passar mais recursos que não poderia por força de lei e assim por diante. É natural, que no próprio decorrer da campanha nós vamos descobrindo, as coisas chegam a você sem querer”, disse Campos em entrevista à Rádio Capital FM.

Questionado sobre quem teria o traído, o democrata desconversou e preferiu não dizer nomes, reforçando que a questão é irrelevante agora que já está eleito. Todavia, o democrata declarou ter ficado surpreso com o retorno de apoio de algumas pessoas de quem esperava mais.

“Vai chegando várias informações e você vai fazendo uma coletânea de todos aqueles que foram mais traíras e os menos traíras. De qualquer forma isso para mim não foi relevante. Isso não é só comigo, isso existe com todos os candidatos. Comigo não teve trairagem, até por que eu ganhei a eleição. Mas tem umas pessoas que eu esperava muito mais e me deram muito menos respostas positivas, retorno daquilo que eu esperava. Mas eu estou eleito e estou de boa, nunca estive tão de boa como agora”, frisou.

Sobre os erros nas pesquisas, que na grande maioria apontavam o seu nome como o principal favorito para ser eleito em primeiro lugar, Jayme afirmou que o sistema de avaliação da opinião pública precisa ser modificado e minimizou ter ficado em segundo lugar, atrás da juíza aposentada Selma Arruda nas urnas.

“Esta foi uma eleição diferenciada, acho inclusive que temos que reinventar a maneira de se fazer pesquisa de opinião pública no Brasil. Todas as pesquisas me davam uma larga vantagem em relação ao segundo colocado. Feito isso ai, eu nunca me coloquei como o candidato para ser o primeiro colocado. Sempre coloquei meu nome para ser eleito. Tanto faz se é primeiro ou segundo. Isso não tem nenhuma diferença e o peso é igual. A sensação que eu tenho é que 90% do voto em Jayme Campos foi o primeiro voto e não o segundo. É natural que eu gostaria de ter sido o mais votado, mas não foi possível. Mesmo assim serei um senador com o mesmo tamanho e com a mesma envergadura que a doutora Selma que venceu a eleição”, avaliou.
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