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Notícias / Cidades

Piloto sofreu queimaduras ao deixar avião em chamas e usou GPS para achar rio

Da Redação - Vinicius Mendes

Maicon Semencio Esteves, de 27 anos, que desapareceu após a queda de aeronave agrícola que pilotava, no Distrito de União do Norte, em Peixoto de Azevedo (a 696 km de Cuiabá), no último domingo (4), disse à família que queimou os braços e rosto ao sair do avião em chamas. Ele foi encontrado nesta quarta-feira (7) e ainda teria dito que utilizou um GPS para encontrar um rio e buscar ajuda. Seu estado de saúde é estável.
 
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Maicon foi encontrado a cerca de dois quilômetros da aeronave, em uma região de mata, nas proximidades de um rio, três dias após seu desaparecimento. Ao Olhar Direto, o irmão do piloto, Diego Semencio Esteves, disse que ele foi encontrado fraco, queimado, mas consciente.
 
O dono de uma fazenda, que encontrou os destroços da aeronave, deu a notícia à família. Imagens mostram que o jovem sofreu queimaduras no rosto e nos braços. Uma equipe de resgate encaminhou o piloto até um hospital, onde recebeu atendimento médico.
 
Ainda na tarde de ontem (7) ele conversou com sua família deu detalhes de como escapou do avião em chamas. Ele ainda contou que estava com um GPS via satélite e através do aparelho localizou um rio, para onde se dirigiu. Já nas margens do rio ele ainda teria andado em busca de alguma ponte ou estrada, para conseguir pedir ajuda, mas como se cansou, acabou se deitando e assim foi encontrado.
 
Maicon sofreu queimaduras de primeiro e segundo grau no rosto, nos braços e no pescoço, e também teve lesões nos pés. Ele ainda deve ficar internado por mais uma semana.

A queda

Uma aeronave modelo Neiva EMB-201A caiu em uma área de floresta e depois pegou fogo no domingo (4), no município de Peixoto de Azevedo (a 696 quilômetros de Cuiabá).

O gerente da propriedade, que preferiu não se identificar, disse que estava trabalhando quando viu a queda. “Estava gradeando, com trator, uma área quando o avião passou bem baixo e caiu. Fomos até o local e encontramos o avião todo destruído, pegando fogo. Andamos [pela mata] mas não encontramos o piloto”, afirmou.

Conforme consta do Registro Aeronáutico Brasileiro, o avião estava com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) cancelado desde 2010. A aeronave estava registrada na categoria de serviços especializados aero agrícola.

Com informações do RPC Londrina.
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