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Segunda fase do ‘Mais Médicos’ em Mato Grosso tem apenas quatro vagas preenchidas

Da Redação - Fabiana Mendes

Na segunda fase de inscrições do programa ‘Mais Médicos’, que terminou quinta-feira (10), apenas quatro profissionais se inscreveram para atuar em Mato Grosso. Cerca de dois meses depois da saída dos médicos cubanos do programa, 67 vagas foram preenchidas no Estado e outras 65 ainda estão disponíveis.

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A próxima chamada do programa acontece nos dias 23 e 24 de janeiro, para profissionais brasileiros formados no exterior (sem CRM). Nos dias 30 e 31 de janeiro, os médicos estrangeiros (sem CRM) terão acesso ao sistema para optarem pelas localidades com vagas em aberto.

Segundo a coordenadora da Comissão de Coordenação Estadual do Programa Mais Médicos em Mato Grosso, Regina Amorim, na primeira fase foram disponibilizados 132 vagas e 67 foram preenchidas.
 
Na segunda fase, que encerrou na quinta-feira (10), foram disponibilizadas 65 vagas. Até quarta-feira (09), às 10h de Brasília, somente quatro vagas haviam sido preenchidas. A coordenadora disse que ainda não obteve os dados do último dia. 
 
Em recente entrevista ao Olhar Direto, Regina Amorim disse que antes do programa era muito difícil fixar médicos em áreas de difícil acesso, como assentamentos rurais e as regiões do Norte, Noroeste e Araguaia de Mato Grosso.
 
“O custo para ter esses profissionais nestes municípios era muito elevado. Com o ‘Mais Médicos’ o município conseguiu baixar esse custo. Apesar de que ele tem alguns custos para manutenção daquele profissional. Ele [município] deve garantir para o médico o auxilio moradia e alimentação. Mesmo assim, ele não precisa pagar o salário para o profissional, que é pago via bolsa formação do Ministério da Saúde”, disse, na ocasião.

Ela também acrescentou que neste período de transição entre cubanos e brasileiros, os municípios devem fazer alguns ajustes para atender a população. “Tem município que contrata temporariamente médico para dar conta daquele período, tem município, cujos médicos, como foi em Tangará da Serra, por exemplo, que foram 15 médicos que saíram do programa. Eles readequaram a população para ser atendida pelos outros médicos que ainda permanecem no programa”, explicou.

Saída dos cubanos do programa

Depois que o presidente eleito questionou a capacidade dos médicos cubanos que atuam no programa, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) informou que o governo cubano deixaria de participar do programa. A justificativa do Ministério da Saúde cubano é que as exigências feitas pelo governo eleito são “inaceitáveis” e “violam” acordos anteriores.
 
Em sua conta no Twitter, Bolsonaro disse que a permanência está condicionada ao Revalida pelos profissionais, que é o exame aplicado aos médicos que se formam no exterior e querem atuar no Brasil. Em entrevista concedida após o anúncio, Bolsonaro afirmou não existe comprovação de que os profissionais enviados ao Brasil sejam de fato médicos.
 
"Vocês mesmo, eu duvido que alguém queira ser atendido pelos cubanos", disse aos jornalistas durante a coletiva. Ele afirmou, ainda, que tem recebido relatos de "verdadeiras barbaridades" cometidas por médicos da ilha caribenha.
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