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‘Temos que prestigiar o pagamento de salário, 13° e um terço de férias’, diz Gallo sobre RGA

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

O cenário financeiro do Estado, com um déficit de mais de R$ 2 bilhões, aponta que os servidores públicos do Poder Executivo vão ter enormes dificuldades nos próximos anos para receber a Revisão Geral Anual, a famosa sigla RGA, que é um direito garantido por lei. Pelo menos é o que prevê o secretário de Fazenda Rogério Gallo, que explicou que o Governo irá priorizar os pagamentos dos salários, 13°e um terço de férias.

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De acordo com o titular da Sefaz, o Governo atualmente não tem a condição de pagar a recomposição e só irá honrar com o pagamento quando a situação financeira permitir, sem o risco de violentar a disponibilidade de caixa, equilíbrio este, que o governador Mauro Mendes prevê para no mínimo dois anos, caso seu projeto de enxugar gastos e aumentar a arrecadação decole.

O secretário também citou outros Estados que concede percentuais inferiores de revisão e afirmou que o Governo irá trabalhar para não deixar de pagar a parcela principal aos servidores, que é o salário, 13° e um terço de férias.

“A União concede de Revisão Geral anual 0,01% para cumprir a Constituição. São Paulo não concede a anos. Espírito Santo que é um Estado que é tido como referência de equilíbrio fiscal, também concede percentual inferiores, sempre dentro da capacidade financeira. O que temos que prestigiar é a condição do Estado de pagar a parcela principal que é salário, 13° e um terço de férias. É isso que temos que prezar, porque senão vira um jogo de mentira. Você aumenta o salário, faz a reposição e o Estado não consegue pagar”, disse em entrevista ao programa Bom Dia Mato Grosso, da TV Centro América nesta manhã.

Com um déficit de mais de R$ 2 bilhões, o Governo Mauro Mendes vem tendo dificuldades para pagar o salário referente ao mês de dezembro, que deve ser quitado 100% somente no dia 30 de janeiro.

O governador ainda precisou parcelar em quatro vezes o pagamento do 13° de parte dos servidores que está em atraso.

O Fórum Sindical, que representa os servidores públicos do Poder Executivo já demonstrou o descontentamento com a determinação e manifestou o desejo de fazer uma greve geral a partir de fevereiro, caso a medida continue no próximo mês.
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