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Após mais de 2 anos de licença, tenente Ledur volta a trabalhar no Corpo de Bombeiros

Da Redação - Vinicius Mendes

A tenente do Corpo de Bombeiros Isadora Ledur Souza Dechamps, que é acusada de torturar e causar a morte de Rodrigo Claro em novembro de 2016, em um dos treinamentos aplicados por ela no curso dos Bombeiros, voltou a exercer funções administrativas no Corpo de Bombeiros.  Ela permaneceu mais de dois anos sem trabalhar e já estava agregada (quando ultrapassa um ano de licença).
 
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De acordo com informações do Corpo de Bombeiros a tenente voltou ao trabalho na última semana, exercendo apenas funções administrativas. Ledur já estava há mais de dois anos sem trabalhar, desde a morte Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, em novembro de 2016. Ela foi agregada em junho de 2017.
 
Segundo o Estatuto dos Militares, um bombeiro ou policial será agregado quando permanecer afastado por mais de um ano contínuo, em licença para tratamento de saúde.

Agregação é a situação na qual o militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala hierárquica de seu Corpo, Quadro, Arma ou Serviço, nela permanecendo sem número. Na prática isto quer dizer que a contagem do tempo de serviço para que o militar suba de patente é paralisado.
 
O Estatuto também determina que se forem completados mais de dois anos de agregação será iniciado o processo de reforma por invalidez (aposentadoria) do militar, o que aconteceria em junho deste ano, caso Ledur permanecesse sem trabalhar. A tenente foi agregada após consecutivas licenças médicas, indicando um quadro de depressão profunda.
 
O caso
 
Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e faleceu por volta de 1h40 do dia 16 de novembro de 2016. Ele teria sido dispensado no final do treinamento do curso dos bombeiros, após reclamar de dores na cabeça e exaustão. O Corpo de Bombeiros informou que já no Batalhão ele teria se queixado das dores e foi levado para a policlínica em frente à instituição.
 
Ali, sofreu duas convulsões e foi encaminhado em estado crítico ao Jardim Cuiabá, onde permaneceu internado em coma, mas acabou falecendo. O corpo de Rodrigo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal, mas análise preliminares não apontaram a real causa da morte e por isso exames complementares foram realizados, de acordo com a perícia criminal.
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