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Selma chama Exército para debater pacote de Moro e diz que lei é “doce” com criminalidade

Da Redação - Lucas Bólico

A senadora Selma Arruda (PSL) buscou representantes do Exército Brasileiro em Mato Grosso para debater o pacote de leis proposto pelo ministro Sérgio Moro para melhorar o combate à corrupção e ao crime organizado. O mesmo convite Selma Arruda já havia feito aos delegados da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJC). De acordo com a juíza aposentada, a atual legislação não é efetiva no combate a crimes.

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“[A legislação brasileira] É tão doce com a criminalidade, que é quase como se estivéssemos , ao legislar, deixando a porta aberta para o ladrão entrar”, afirmou Selma Arruda, na segunda-feira (11), durante abertura  do Curso de Lavagem de Dinheiro na Luta Contra o Tráfico de Drogas, realizado pela inteligência da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), em Cuiabá. O curso está sendo ministrado pelo setor de inteligência da polícia francesa.
 
Para a senadora, não se trata apenas de como combater a lavagem de dinheiro, com foco específico no tráfico de drogas, pois as forças policiais e do Judiciário que trabalham nessa área conhecem a “promiscuidade” entre os tipos de crimes praticados. “Determinado traficante pode estar envolvido em crime contra a administração pública, crime de corrupção, tráfico de pessoas etc. É um sistema muito mais complexo do que se imagina”.
 
Na 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, também na segunda-feira (11), a senadora assistiu a outra abordagem sobre o tráfico de drogas e que tem a fronteira Mato Grosso/Bolívia como porta de entrada,  não só para  o consumo e  comércio no Estado, como também para exportação para outros países, inclusive.
 
“O diálogo é importante, ninguém faz nada sozinho. Cada um tem seu papel na sociedade e [com] todos trabalhando em conjunto, o resultado é muito maior do que o que é feito isoladamente. Nessa conversa com a senadora, ela com a experiência dela, sugeriu que os órgãos de segurança, colaborem, especialmente com a segurança e o desenvolvimento  da Fronteira Oeste”,  disse o general Fernando Dias Herzer, comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, sobre o convite para debater o pacote de Sérgio Moro.
 
O general acrescenta que é necessário o constante investimento em tecnologia na fronteira Mato Grosso/Bolívia. De acordo com ele, não adianta apenas colocar a presença física dos soldados numa fronteira seca de 750 quilômetros. “Fisicamente é impossível. Agora, com os meios de tecnologia, com drones, radares e satélites, eu tenho condições de saber onde eu posso atuar”, completou o  comandante.
 
“Fronteira é um ponto fraco do Estado brasileiro, no que diz respeito à criminalidade organizada transnacional e temos que ter um olhar mais sério, voltado para essa questão. E quanto à lavagem de dinheiro, o lucro das organizações criminosas é considerado o ponto mais fraco dessas organizações e o que precisamos é de  mecanismos  eficientes para empobrecer essas organizações e isso, por si só, é o  suficiente para enfraquecê-las, sem precisar do embate físico direto”, resumiu Selma Arruda.

As informações são da assessoria de imprensa.
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