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Jayme chama pedido de impeachment de Gilmar Mendes de ‘imbecilidade’: “Não assinei e não assino”

Da Reportagem Local - Vinícius Mendes / Da Redação - Isabela Mercuri

O senador mato-grossense Jayme Campos (DEM) classificou o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes como uma ‘imbecilidade’ e afirmou que nem assinou e nem vai assinar. Para ele, esta é uma falta de responsabilidade com o Brasil, e que se quer fragilizar o Poder judiciário.

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“O momento do Brasil é um momento da união do trabalho. E não tem nada que pesa sobre os ombros de Gilmar Mendes para que possa pedir impeachment da sua pessoa. Eu acho que pra isso tem que termos a consciência da importância do que representa esse momento pro Brasil”, afirmou. “O Brasil precisa de mais emprego, de mais saúde, de mais educação. Não [de] ficar atendendo a uma meia dúzia de desocupados, desempregados, que querem atrapalhar o bom andamento dos trabalhos dos poderes constituídos”.

O pedido de impeachment foi feito pelos advogados Laércio Laurelli, Luís Carlos Crema e Modesto Souza Barros Carvalhosa. Eles afirmam que Mendes cometeu crimes de responsabilidade e o delito de proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decorro nas funções de ministro do STF. Entre as acusações, os advogados afirmam que Gilmar Mendes teria favorecido interesses pessoais do ex-governador Silval Barbosa e do ex-deputado José Riva, e também o denunciaram pela prática, em várias ocasiões, do delito de exercício de atividade político partidária e de proceder de modo incompatível com a honra, dignidade e decorro nas funções de ministro do Supremo Tribunal Federal, ambos crimes de responsabilidade.

A senadora Selma Arruda (PSL) foi uma das pessoas que assinou o pedido de impeachment. Para Jayme, este é um direito dela, mas ele não concorda. “Não assinei e nem vou assinar, nem contra Gilmar Mendes e muito menos contra os ministros, salvo se tivermos alguma coisa muito forte, uma constatação de que ele não cumpriu com suas obrigações de ser julgador. Ou seja, nós não podemos brincar com coisa séria, brincar com ministro do Supremo Tribunal Federal porque o Mané, o Pedro, o Benedito não gosta dele... acho que não podemos se extremar dessa maneira porque, caso contrário, daqui a pouco querem pedir de Gilmar, querem pedir de fulano, querem pedir de sicrano... daqui a pouco a justiça poderá, muitas vezes, até ficar impossibilitada de fazer um julgamento. E o Gilmar faz o julgamento conforme sua consciência, é um direito dele e eu acho que é um dos ministros mais competentes do Brasil”, finalizou.
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