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Em lista de marcados para morrer, promotor da 'grampolândia' mostra arsenal e faz curso com a SWAT

Da Redação - Wesley Santiago

Mauro Zaque, que atua no Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), foi um dos personagens de uma reportagem do Domingo Espetacular, da Record TV, que mostrou os promotores de Justiça que estão marcados para morrer. O mato-grossense revelou o seu arsenal de armas e contou sobre o treinamento que fez com a SWAT, unidade de polícia especializada nos Estados Unidos, para reagir em situações em que sua vida esteja em perigo.

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A reportagem do dominical mostrou o arsenal de armas que existe na casa do promotor. Além disto, contou que Mauro Zaque faz curso de tiro para melhorar a pontaria. Em um dos trechos, é revelado o treino que ele faz com um fuzil M4, usada por quadrilhas de grandes assaltantes e pelo Exército norte-americano, e uma carabina calibre 12 semi automática, também de grande poder de fogo.
 
Zaque comentou que já utilizou as suas armas diversas vezes. “Conforme o ambiente que vou com a equipe de segurança, estamos fazendo uso da carabina calibre 12 e do próprio M4", afirmou. Como é membro do Ministério Público, ele tem direito ao porte de arma.
 
O promotor também fez curso na SWAT, unidade de polícia especializada nos Estados Unidos. "Eles sempre falam uma coisa: nunca desprezem a intuição. Por exemplo, as vezes você um carro onde tem duas pessoas e sente algo diferente", disse na reportagem.
 
O programa também contou com o depoimento da esposa do promotor, Adriana Zaque. "Não tem como você sair com duas crianças, ir pro shopping, com três homens junto de você e não ser notada né". A filha do membro do MP também se mostrou incomodada com a dura rotina. "Sou apaixonada em cachorro, quis ter vários. Mas isso nunca aconteceu porque não pudemos morar em casa”.
 
"Uma vez fora de Mato Grosso fiquei sozinho no carro com segurança e seis amigos foram sozinhos em um carro pequeno para não andarem no mesmo carro que eu por medo", revelou o promotor.
 
As ameaças contra Zaque acontecem desde que ele começou a atuar como membro do Ministério Público Estadual, na região de fronteira. Agora, ele é encarregado de investigar outros tipos de criminosos, os do "colarinho branco".
 
"A gente tem toda uma rede de informações ou pessoas anônimas que ligam falando para tomar cuidado, que a organização está contratando pistoleiro em tal lugar. Já falaram que estavam buscando explosivos fora, para promover atentados. Enfim, a gente tem que se precaver, nos cercar de todos os cuidados porque a gente não pode avaliar de forma plena até onde essas ameaças são verdadeiras ou não", disse o promotor.
 
Grampolândia
 
Zaque ainda contou que recebeu ameaças também por conta da investigação da grampolândia pantaneira. "Essa denúncia envolvia o primeiro escalão do Governo, o então comandante da Polícia Militar, e outras autoridades que tinham o poder na mão", explicou.
 
Há dois meses, o promotor está sem segurança institucional. Porém ,o procedimento é reavaliado a cada 15 dias. Mesmo assim, Zaque possui um agente de confiança que faz sua segurança sempre que necessário.
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