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Em recuperação judicial, Avianca deixará de operar no aeroporto de Cuiabá

Da Redação - Wesley Santiago

 A Avianca Brasil deixará de operar no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, localizado em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), a partir da próxima segunda-feira (29). A empresa está em recuperação judicial e opera com frota reduzida. Nesta semana, 50 viagens deixarão de ser realizadas pela companhia.

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O aeroporto de Campo Grande também é outro que não terá mais operações da companhia. No início da semana a empresa anunciou que deixaria de operar no Galeão, Belém e Petrolina, além de encerrar 21 rotas, a maioria partindo e chegando do Rio de Janeiro e Brasília.
 
Os passageiros com passagens compradas para voos que tenham sido cancelados devem solicitar o reembolso no site da companhia aérea, em cancelamento do voo gerado pela Avianca. No entanto, se a passagem tiver sido comprada por meio de uma agência ou site de viagem, o passageiro deve entrar em contato diretamente com essas empresas.
 
A companhia aérea vai concentrar os voos em apenas quatro aeroportos: Congonhas, Santos Dumont, Brasília e Salvador, depois dessa data.
 
Em recuperação judicial desde dezembro, a companhia foi obrigada a fazer a devolução das aeronaves aos donos (chamados de "lessores") por falta de pagamento, após sucessivas decisões da Justiça. As devoluções foram mediadas pela Anac.
 
O cancelamento de voos começou em 13 de abril e tem ocorrido diariamente desde então. A companhia aérea disse que tem entrado em contato com os passageiros afetados para oferecer reembolso ou opções de reacomodação.
 
Segundo a Anac, em caso de cancelamento ou de alteração do voo por iniciativa da Avianca, o passageiro deve ter os seus direitos respeitados, disponíveis para consulta no portal da Anac na internet.
 
Reclamações podem ser feitas pela plataforma Consumidor.gov.br e, caso não sejam atendidas, o passageiro poderá recorrer aos órgãos do Serviço Nacional de Defesa do Consumidor.
 
Problemas
 
Quarta maior companhia aérea do Brasil, a Avianca Brasil está em recuperação judicial desde dezembro do ano passado. Em 5 de abril, os credores aprovaram o plano de recuperação judicial da companhia.
 
O plano prevê a divisão da companhia em sete Unidades Produtivas Isoladas (UPIs) que serão levadas a leilão, marcado para o dia 7 de maio. Tanto a Latam Brasil quanto a Gol concordaram em fazer uma oferta no valor mínimo de US$ 70 milhões para pelo menos uma UPI e seus respectivos ativos. A Azul chegou a fazer uma oferta de compra, mas, na quinta-feira (18), anunciou ter desistido.
 
Nos últimos dias, a companhia aérea também tem enfrentado uma série de problemas com operadores de aeroportos. A companhia está atrasando o pagamento de taxas aeroportuárias, o que tem levado as empresas operadores a ameaçar de suspensão de voos da companhia.
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