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Imunoterapia: saiba como funciona a vacina para rinite e asma

Da Redação - Fabiana Mendes

Espirros, coceira, coriza, obstrução nasal, olhos lacrimejantes. Esses são apenas alguns dos sintomas das alergias respiratórias que atingem cerca de 30% dos Brasileiros, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).  As mais conhecidas e que atacam o maior número de pessoas são a rinite e asma. Ambas contam com um tratamento chamado imunoterapia, que pode melhorar a qualidade de vida do paciente. A lista com os profissionais especialistas em Cuiabá está disponível no site da ASBAI. Clique AQUI.
 
 
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A imunoterapia pode ser indicada para pessoas sensíveis aos ácaros da poeira doméstica, pólens, fungos e venenos de insetos (abelhas, vespas, marimbondos e formigas). De modo geral, a sensibilização a estes alérgenos está associada a manifestações respiratórias (rinite e asma) e a reações graves, como a anafilaxia por picada de insetos.
 
A médica alergista e presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia em Mato Grosso (ASBAI), Dr. Ana Carolina Santos, explicou ao Olhar Direto que a imunoterapia completou 100 anos desde o surgimento. “Esse tratamento é feito para pessoas que tem problema de alergia respiratório como rinite, asma de causa alérgica, que apresentava seus testes positivos para esses alérgenos e que não estão controlando o tratamento com os medicamentos. Quando não controla, tem muito sintoma, e recorrência dos sintomas mesmo com tratamento por remédio. A imunoterapia é um tratamento a mais, que pode ajudar muito essas pessoas”, disse.
 
As vacinas para alergia provocam diminuição dos sintomas de rinite e asma, com melhora perceptível na qualidade de vida da pessoa. “A vacina ela é o próprio alérgeno que a pessoa possui essa alergia no teste. É feito este tratamento para que o organismo da pessoa adquira tolerância. Essa pessoa vai se tornar menos alérgica, ela vai ter menos resposta alérgica, quando entrar em contato. É um tratamento bem prolongado. O esquema varia de médico para médico e até de fabricante. De qualquer forma, é sempre um tratamento prolongado de anos até”.
 
A profissional alerta que o tratamento sempre deve ser recomendado por um médico alergista imunologista. “Isso porque a vacina de imunoterapia pode dar efeitos colaterais, principalmente reação alérgica, uma vez que o paciente vai usar o alérgeno que ele é alérgico, então pode ter como efeito a reação alérgica”, acrescentou.
 
O método mais utilizado de aplicação de imunoterapia é através de injeções subcutâneas. Estudos recentes com vacinas orais tem demonstrado efeito similar às preparações injetáveis. A duração da imunoterapia ainda não foi estabelecida. Para muitos deveria ser de três a cinco anos. A decisão sobre a duração do tratamento deve ser tomada pelo médico.
 
A presidente do ASBAI ressalta ainda que o tratamento não está disponível em farmácias. Somente o médico especialista em alergia pode prescrever para fazer a aplicação no consultório. Segundo ela, as imunoterapias são fabricadas em laboratórios que trabalham somente com produtos para tratamento de alergias.

 
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