Imprimir

Notícias / Política MT

PSB representa contra Medeiros por quebra de decoro durante discussão na Câmara dos Deputados

Da Redação - Fabiana Mendes

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) requereu a abertura de um processo disciplinar contra o deputado federal José Medeiros (Pode), por suposta quebra de decoro. O pedido foi feito porque, em abril deste ano, o parlamentar partiu para cima de Aliel Machado, do PSB do Paraná, na Câmara Federal. Os dois quase trocaram socos, durante sessão plenária, após discussão por causa da Reforma da Previdência. (Veja o vídeo ao final da matéria). A convocação foi feita na última terça-feira (18). O processo disciplinar pode culminar na cassação do mandato do parlamentar mato-grossense. 

Leia mais:
Após discussão na Câmara, Medeiros representa contra Aliel Machado no Conselho de Ética

A confusão aconteceu no dia 24 de abril deste ano. No dia seguinte, Medeiros afirmou, por meio da assessoria, que não houve agressão, e quem disse o contrário queria “fazer proselitismo” e ganhar audiência, o que, a seu ver, foi uma “pilantragem”. Com isso, ele representou contra o colega no Conselho de Ética. Segundo o deputado, o paranaense ‘falseou informações’ com a intenção de causar revolta popular e denegrir o parlamento.
 
"As acusações feitas pelo deputado Aliel Machado constituem comportamentos incompatíveis com o decoro parlamentar, visto que ele omitiu intencionalmente a informação de que sua fala foi baseada em uma reportagem que citava "emendas parlamentares" e não compra e venda de voto com pagamento de propina, como o deputado afirmou (...) Tais fatos demonstram a gravidade e o desrespeito do deputado Aliel Machado para com seus pares e com as instituições democráticas brasileiras, tendo claramente abusado de sua imunidade parlamentar material, incidindo em quebra de decoro parlamentar", diz trechos da representação.
 
No entanto, de acordo com o documento da representação do PSB, o protocolo da representação de Medeiros não passa de uma contraditória 'cortina de fumaça' intentada para esconder sua própria conduta atentatória ao decoro.
 
Das razões pelas quais são feitas a representação, o documento cita a suposta prática contra decoro parlamentar previstos no Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. “Dito isso, temos que não é dado a nenhum Deputado, no uso da palavra e sob as cobertas da imunidade parlamentar, agredir fisicamente nem proferir graves xingamentos a quem quer que seja, o que inclusive configura crime”, diz trecho do documento.

A confusão 

O desentendimento aconteceu após citação de uma matéria da Folha de São Paulo, sobre decisão do governo de Jair Bolsonaro (PSL) oferecer a parlamentares um aumento nas emendas em troca de votos pela reforma da Previdência.

“O Governo ofertou R$ 40 milhões para comprar votos. O Governo está ofertando cargos. O Governo está acertando os deputados. Esta conversa aconteceu na reunião na casa do presidente”, disse o parlamentar paranaense, ao ser interrompido por Medeiros que xingou o colega de vagabundo.

Em seguida, Medeiros parte para cima de Machado. Ele precisou ser segurado pelos outros deputados, incluindo Nelson Barbudo (PSL). O suplente Victório Galli (PSL) também estava na sessão. Assista: 

 
Imprimir