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Ministro vai à Justiça contra reitora por má administração e dívida de R$ 1,8 milhão

Da Redação - Wesley Santiago

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou – após tomar conhecimento do desligamento de energia elétrica na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), por falta de pagamento – que irá tomar as medidas cabíveis tanto administrativas como judiciais para a responsabilização dos envolvidos pela má gestão na unidade. Além disto, anunciou medidas emergenciais para quitar a dívida de R$ 1,8 milhão.

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Em nota, o Ministério da Educação (MEC) afirma que tomará medidas emergenciais para a religação imediata de energia elétrica nos campis que compõem a Universidade. Além disto, pontua que Weintraub tomará as medidas cabíveis tanto administrativas como judiciais para a responsabilização dos envolvidos pela má gestão na UFMT.
 
“O ministro tomou conhecimento da situação na última quinta-feira (11) quando chamou a reitora ao Ministério e autorizou o repasse de R$ 4,5 milhões para que a reitoria da UFMT, nomeada há três anos, quitasse a dívida das contas de luz com a concessionária de Mato Grosso”, diz trecho da nota.
 
Ainda conforme o MEC, os valores, herdados no governo anterior, correspondem ao montante de R$ 1,8 milhão. A liberação do limite de empenho foi realizada na sexta-feira da semana passada com o compromisso da reitora para o pagamento imediato da referida dívida.

A reportagem tentou entrar em contato com a reitora, mas as ligações não foram atendidas.
 
Corte de energia
 
A energia elétrica na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) foi cortada na manhã desta terça-feira (16), por falta de pagamento. No final do mês de junho, a concessionária Energisa havia dado um prazo para a regularização das contas. No último dia 5, a reitora Myrian Serra havia se reunido com o ministro da Educação, Abraham Weintraub para pedir dinheiro e evitar a suspensão, mas sem sucesso.
 
Por meio de nota, a assessoria de imprensa confirmou que houve o corte  de energia e que segue em negociações com a Energisa para o estabelecimento. No total, estão em abertas seis contas, sendo quatro de 2018 e duas de 2019. A UFMT realizará uma reunião no período da tarde e oportunamente se manifestará sobre seus resultados.
 
A unidade sofre com o corte de orçamento desde 2014, quando houve a redução da verba de custeio, relacionada às obras e equipamentos do Câmpus. No entanto, em março deste ano, o Governo Federal anunciou o bloqueio de 30% na educação superior, que representa R$ 34 milhões para a Universidade.
 
Em entrevista ao Olhar Direto, Myrian Serra adiantou que a UFMT poderia ficar sem os serviços básicos como água e luz, caso o bloqueio não fosse revisto em até 60 dias, situação que não aconteceu.
 
A UFMT oferece 113 cursos de graduação, sendo 108 presenciais e cinco na modalidade a distância (EaD), em 33 cidades mato-grossenses. São cinco Câmpus e 28 pólos de EaD. Na pós-graduação, são 66 programas de mestrado e doutorado. A instituição atende 25.435 mil estudantes, distribuídos em todas as regiões de Mato Grosso.
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