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Deputados querem CPI da Grampolândia e Botelho pede esclarecimentos a chefe do MP

Da Reportagem Local - Carlos Gustavo Dorileo/Da Redação - Érika Oliveira

Um grupo de deputados informou ao presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (DEM), a intenção de requerer a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o envolvimento de membros do Ministério Público na chamada ‘Grampolândia Pantaneira’. O chefe do Legislativo pediu cautela aos parlamentares e convidou o procurador-geral de Justiça, José Antonio Borges, para ir até a Casa de Leis prestar esclarecimentos.

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“Existe um sentimento de alguns deputados no sentido de se fazer uma CPI. Eu pedi para eles aguardarem, porque vamos pedir a vinda do procurador-geral para ele vir aqui conversar com os deputados, fazer alguns esclarecimentos, aí a gente vai poder tomar uma decisão”, explicou Botelho, na manhã desta quarta-feira (17).

Nesta terça-feira (16), José Antônio Borges determinou a instauração de procedimento administrativo para investigar possível ocorrência de desvio de finalidade na utilização de "verbas secretas" do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), no período compreendido entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro semestre de 2016.

O procedimento foi instaurado diante da divulgação de trechos de depoimento prestado pelo cabo Gérson Corrêa no processo da Grampolândia. O militar acusou o Gaeco de falsificar prestações de contas.

Segundo nota do Ministério Público, as verbas são destinadas a cobrir despesas operacionais em procedimentos investigatórios reservados que exigem sigilo, porém há um controle do seu uso por meio de prestação de contas.

“Eu não sou nem contra nem a favor [a CPI]. Os deputados têm que ouvir, mas quem decide isso não é o presidente. A CPI é um instrumento, inclusive, de minorias, porque precisa de apenas oito assinaturas e o Regimento não poder para o presidente vetar ou não. A única coisa que pedi foi cautela, para não tomarmos decisão em cima de notícias. Por isso que temos que ouvir o procurador-geral. Não tem necessidade de fazer isso de maneira afoita”, pontuou Botelho.
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