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Notícias / Cidades

Chapa acusada de cometer irregularidades nega favorecimento e aguarda processo ser elucidado

Da Redação - Vinicius Mendes

Os representantes da Chapa 11 - "Diálogos! Com todas as Psicologias", que disputa as eleições do Conselho Regional de Psicologia 18ª Região, Mato Grosso (CRP18-MT), rebateram as acusações feitas pela chapa concorrente, a Chapa 12 - “Avançar a Profissão em Mato Grosso”, que entrou com uma ação na Justiça Federal e conseguiu a suspensão das eleições. A Chapa 11, acusada de ter sido favorecida, disse que seus concorrentes buscavam a impugnação, porém, este objetivo não foi alcançado.
 
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O juiz federal Raphael Casella de Almeida Carvalho, da 8ª Vara Federal Cível de Mato Grosso, determinou a suspensão das eleições para presidente do CRP18 após um recurso da Chapa 12. Segundo Julio Cesar Nunes da Silva, candidato da Chapa 12 à presidência, em uma palestra voltada a psicólogos, realizada no Detran-MT, a atual presidente do CRP, a conselheira diretora financeira do Conselho e a conselheira do Conselho Federal de Psicologia apresentaram o candidato da Chapa 11, “deixando bem claro que o CRP-MT e o CFP direcionariam e apoiariam a Chapa 11”.
 
Além disso, alegou que após Assembleia geral foi eleita a Comissão Eleitoral, porém, posteriormente, houve mudança nos membros desta comissão, mas Julio afirma que não foi comunicado e que a mudança não foi precedida de Assembleia Geral. Ele então requereu o afastamento da Chapa 11 das eleições.
 
O juiz considerou alguns dos argumentos da Chapa 12, mas determinou a suspensão das eleições previstas para os dias 23 de agosto de 2019 e 27 de agosto de 2019, até que o caso seja esclarecido.
 
Em resposta, por meio de nota, a Chapa 11 afirmou que a Chapa 12 fez declarações inverídicas (fake news) e reforçou que, apesar da suspensão do processo eleitoral, não foi impugnada, como desejavam seus concorrentes.
 
"[...] Mesmo após tentativas anteriores de impugnação da nossa chapa, mantivemos serenidade, certos de que nossa campanha obedece, desde o princípio, os termos estabelecidos pelo regimento eleitoral. Fatos estes comprovados judicialmente com pareceres favoráveis ao prosseguimento da nossa campanha. Portanto, houve suspensão do processo eleitoral, mas não houve impugnação de nossa Chapa", afirmou a Chapa 11.
 
Eles ainda negaram qualquer irregularidade no processo eleitoral e garantiram que este corre respeitando a isenção devida. A nota publicada pela Chapa 11 ressalta, no entanto, que toda e qualquer dúvida acerca do processo deve ser elucidada, garantindo, assim, a legitimidade que garante a importância dos conselhos e espaços políticos de organização e atuação das categorias profissionais regionais e nacionais.
 
Leia a nota na íntegra:
 
NOTA DE POSICIONAMENTO E ELUCIDAÇÃO
 
A chapa 11, “Diálogos! Com todas as Psicologias”, vem a público lamentar a suspensão das eleições do CRP-18 e informa que aguarda que os fatos que motivaram a suspensão, citados pedido liminar da chapa adversária, e que foram acatados pelo juiz Raphael Casella de Almeida Carvalho, da 8º Vara Federal Cível da SJMT, sejam devidamente elucidados. A lisura do processo eleitoral é essencial para manutenção e defesa da nossa tão ameaçada democracia. Tais ameaças se apoiam, inclusive, na propagação de fake news, na extinção e ameaça de extinção dos conselhos de direitos e profissionais e são coroadas por atitudes que levantam suspeitas sobre as organizações autárquicas e suas direções. Nesse sentido, o que está em jogo nessas eleições é a defesa da Psicologia enquanto Ciência e Profissão o que historicamente vem sendo defendido pelo Sistema Conselhos e, por isso mesmo, incomodando posturas autoritárias e conservadoras que visam, para o enfraquecimento da democracia em nosso país, ao ataque às autarquias.
 
Diante dos fatos, achamos importante ressaltar que, mesmo após tentativas anteriores de impugnação da nossa chapa, mantivemos serenidade, certos de que nossa campanha obedece, desde o princípio, os termos estabelecidos pelo regimento eleitoral. Fatos estes comprovados judicialmente com pareceres favoráveis ao prosseguimento da nossa campanha. Portanto, houve suspensão do processo eleitoral, mas não houve impugnação de nossa Chapa.
 
Desta forma, os ataques de cunho pessoal ao candidato Gabriel Henrique são falaciosos, fakenews, pois em nenhum momento ele faltou com a ética, respeito e cumprimento das leis que norteiam o processo eleitoral. Sendo esta denúncia descartada pelo juiz, como se pode ler na decisão: "O candidato a Presidente do CRP, integrante da Chapa 11, Gustavo[1] Henrique Pereira de Figueiredo, ocupa atualmente o cargo de Conselheiro Efetivo do CRP, e não da Diretoria. Portanto, neste ponto não há qualquer impedimento à sua candidatura."
 
Nós, continuamos na defesa de uma campanha onde os psicólogos e psicólogas terão propostas sólidas e éticas, que respeitem os e as profissionais e a psicologia. Nossa campanha nas redes continua dialogando com cada uma e cada um sobre nossas propostas para o CRP - 18, na defesa da Psicologia enquanto Ciência e Profissão calcadas em precedentes laicos, éticos com responsabilidade, compromisso e respeito a cada profissional. E queremos lançar um manifesto: Por eleições democráticas e chega de fake news!
 
*[1] O Nome de Gabriel aparece errado na decisão publicada pelo juiz.
 
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