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Paraplégico após pilotar embriagado e bater coluna em árvore vira servidor do Detran e tenta conscientizar população

Da Redação - Wesley Santiago

A madrugada do dia 10 de maio de 2009, dia das mães, mudou drasticamente a vida de Thiago Duarte Nusa, à época com 19 anos, quando saía de uma festa no município de Cáceres (217 quilômetros de Cuiabá). Após ingerir uma grande quantidade de bebida alcoólica, ele resolveu pegar o veículo e, no caminho para casa, bateu no meio fio e teve seu corpo arremessado contra uma árvore, onde bateu a coluna. A lesão o deixou paraplégico. Após a tragédia, ele se reergueu, virou servidor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e hoje faz palestras para tentar conscientizar a população.

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No dia do acidente, durante o percurso até a sua casa, o jovem dormiu na direção da motocicleta, colidiu em um meio fio e teve seu corpo arremessado em uma árvore. “Bati minha coluna na árvore e perdi o movimento das minhas pernas. Há 10 anos estou paraplégico”, relatou Thiago.
 
No ano seguinte ao acidente, em 2010, Thiago Duarte Nusa foi aprovado no concurso público do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) e, atualmente, além do trabalho diário, também realiza palestras sobre segurança no trânsito nas ações de conscientização da autarquia.
 
“Sempre ao final das palestras presto um depoimento sobre o meu acidente, os traumas ocasionados e os problemas que enfrento até hoje por consequência do meu ato”, disse o servidor.
 
Thiago reforça que os desafios de superação são diários e que as consequências são para o resto da vida. “Hoje procuro manter um papel social de conscientização, principalmente dos jovens, sobre o comportamento seguro para pedestres e motoristas no trânsito”, completou. 
 
Dados do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito Urbano e Rodoviário apontam 33,64% de autuações por embriaguez ao volante nas 26 edições da operação Lei Seca já realizadas este ano em Mato Grosso.
 
O condutor que tiver índice de álcool no sangue superior a 0,33 miligramas por litro de ar expelido no momento do teste do bafômetro será preso, pagará multa no valor de R$ 2.934,70 e terá a CNH suspensa, além de responder por crime.
 
A operação Lei Seca é coordenada pelo Gabinete de Gestão Integrada (GGI-E) da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e realizada de forma integrada entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), o Batalhão de Trânsito Urbano e Rodoviário da Polícia Militar, Delegacia de Delitos de Trânsito (Deletran) da Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros, Politec, Ministério Público do Estado, Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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