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Mauro quer dinheiro oferecido pelo G7 para combater queimadas: “O mundo tem dever de nos ajudar”

Da Redação - Wesley Santiago

O governador Mauro Mendes (DEM) disse, em entrevista ao programa ‘Os Pingos nos Is’, da Rádio Jovem Pan, que quer parte dos R$ 82 milhões oferecidos pelos países do G7 para combater queimadas na Amazônia. Segundo ele, o montante é necessário para acabar com os incêndios e também para o desenvolvimento das regiões que estão na Amazônia Legal. “Nossa intenção é preservar e o mundo tem o dever de nos ajudar”, pontuou.

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Questionado se o dinheiro será aceito, Mauro Mendes afirmou que a decisão cabe ao governo federal. Porém, pontuou que “se depender de mim e dos outros governadores com quem tenho conversado, queremos receber sim este dinheiro. Nossa intenção é preservar e o mundo tem o dever de nos ajudar”.
 
“Isto foi constituído em reuniões que aconteceram ao redor do planeta diversas vezes, e eles se comprometeram a ajudar os países que preservassem. Estamos fazendo isto. Queremos, pelo menos digo pelo meu Estado, receber este dinheiro, que será importante não só na preservação, mas também no desenvolvimento de uma agricultura familiar sustentável, criar alternativa para pessoas que vivem em regiões de floresta. Até porque, ninguém vai ficar no meio do mato catando coquinho e vivendo em condições precárias. Temos que criar alternativas para estas comunidades”, acrescentou o governador.
 
A presidência francesa confirmou nesta terça-feira (27) que o valor da ajuda oferecida é de US$ 20 milhões (cerca de R$ 82 milhões). Porém, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem entrado em atrito com o presidente da França, Emmanuel Macron.
 
Bolsonaro disse que Macron o chamou de "mentiroso" e ameaçou a soberania da Amazônia ao falar sobre a definição de um "status internacional" da Amazônia. Ele deu as declarações ao ser questionado sobre o motivo de o país não aceitar a ajuda oferecida pelo G7, conforme disseram o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e a assessoria do Planalto.
 
“Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que fez à minha pessoa. Primeiro, me chamou de mentiroso. E depois, informações que eu tive, de que a nossa soberania está em aberto na Amazônia. Para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar”, declarou Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada.
 
Macron e Bolsonaro trocam críticas desde a semana passada, quando teve início a crise diplomática entre França e Brasil provocada pela alta das queimadas na Amazônia.
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