Ministro da Educação do governo Bolsonaro, Abraham Weintraub não perde uma oportunidade de “mitar” – expressão usada por seguidores do presidente para classificar frases de efeito, ainda que esvaziadas de sentido lógico, com potencial agressivo contra adversários reais e/ou imaginários. Em passagem por Cuiabá, Weintraub disparou sua metralhadora verbal e mostrou porque tem se tornado queridinho nos núcleos mais radicais à direita dos seguidores de Jair Bolsonaro. Em seu discurso, por exemplo, culpou a Rede Globo pelos índices de consumo de crack no país porque, segundo ele, incentivou o uso da maconha. Em outro momento, mirou a esquerda, apontada por ele como responsável pela violência no Brasil. “É um mal engendrado, foi planejado, foi bolado. Eles têm a bíblia deles, uma bíblia satânica”, declarou. O ministro, no entanto, não falou nada a respeito de políticas públicas para combater a evasão escolar, universalizar o acesso ao ensino, fazer da educação ferramenta para reduzir desigualdades e capacitar os brasileiros que estão desalentados e à margem do mercado de trabalho.