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Dono da Engeglobal diz que obras da Copa não andaram por perseguição política de Taques

Da Redação - Vinicius Mendes / Da Reportagem Local - Wesley Santiago

O dono da Engeglobal Construções, Robério Garcia, que é pai do suplente de senador Fabio Garcia (DEM), afirmou que as obras para a Copa do Mundo de 2014, pelas quais a Engegloblal é responsável, não avançaram nos últimos anos por causa de perseguição política. Ele acredita que, por ser pai de Fabio, o ex-governador Pedro Taques (PSDB) tentou atingir seu filho através dele. Duas destas obras já foram retomadas, agora na gestão de Mauro Mendes (DEM), e uma está sob estudo.
 
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Robério Garcia esteve presente na vistoria das obras na manhã desta segunda-feira (9). Ele relatou que o início das obras da Copa do Mundo de 2014 “foi uma confusão total”. No entanto, afirmou que buscou deixar uma delas, a do COT UFMT, com as mínimas condições para uso durante o evento.
 
“No caso aqui do COT UFMT, as obras de responsabilidade da minha empresa, todas cumpriram a sua função para a Copa do Mundo. Não ficaram prontas, mas nós tivemos uma decisão empresarial de que estas obras cumprissem sua função, o que era isso? Que aqui tivesse condições de exercer o seu papel, então aqui duas seleções treinaram, que foi a Coréia e Japão, usaram os vestiários e gramado de primeira qualidade, aprovado pela FIFA”, disse.
 
Após a realização do evento, no entanto, as obras foram paralisadas, por meio de decreto do governador Silval Barbosa. Na gestão seguinte, de Pedro Taques, o decreto foi reeditado e todas as obras foram paralisadas.
 
“Ficaram paralisadas sem acesso de ninguém, inclusive do consórcio vencedor. Houve uma deterioração destes empreendimentos. Durante o governo Pedro Taques, esta obra [COT UFMT] tinha problema de pista importada, universidade comprou o material da pista, nós continuamos a obra, com recursos nossos, nós investimos aqui, o consórcio, R$ 5 milhões, recebemos R$ 37 mil do Governo, isto é fácil ver nos dados públicos, e não deu para concluir”, afirmou.
 
Robério acredita que foi atacado no governo passado por ser pai de Fabio, que é do DEM, e na intenção de atingir seu filho e também Mauro Mendes, que é do mesmo partido.
 
“É evidente [que houve perseguição política]. Eu fiquei quatro anos sem receber nenhum tostão e todo dia era multa, e notinha no jornal ‘pai do Fábio não termina as obras da copa’. Lógico que houve. [...] Mudou o governo, eu continuo o mesmo, minha empresa continua a mesma, o que mudou foi o governo. O governo agora é sério, o Mauro governa com responsabilidade e seriedade, e o secretário Marcelo não mente, ao contrário do outro secretário”
 
O empresário garantiu que irá inaugurar todas as obras que puder. Ele explicou que das quatro obras pelas quais a Engeglobal ficou responsável, três ainda estão com a empresa. As obras na Avenida 8 de abril e no COT UFMT já foram retomadas e a do COT do Pari está sob estudo.
 
"Era só fazer o que fizeram agora, vamos tocar obra. Vamos inaugurar, todas as obras que puderem ser inauguradas, a empresa continua a mesma, eu continuo aqui, vamos inaugurar as obras. Lógico que não [ficarão mais caras], os preços são públicos", declarou. "Nós temos um compromisso sério, ou a gente cumpre o prazo ou volta tudo. De nossa parte nós vamos cumprir o prazo, o Governo tem cumprido a parte dele e eu vou cumprir a minha”, finalizou.
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