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Rosana Martinelli reclama que foi “penalizada” por gestão Taques e judicializa cobrança de repasses

Da Redação - Érika Oliveira

A prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), afirmou que judicializou a cobrança de R$ 3,5 milhões que não foram pagos ao município desde a gestão do ex-governador Pedro Taques (PSDB), referente a repasses na área da saúde. Segundo ela, a Prefeitura já precisou gastar cerca de R$ 80 milhões de seu orçamento próprio para cobrir o rombo deixado pelo tucano.

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“Nós fomos muito penalizados pelo Governo anterior em relação à Saúde. Não pagou os recursos, aproximadamente R$ 3,5 milhões, então nós judicializamos o que ficou para trás. O Governo atual está pagando a parte dele, o que esperamos agora é receber os atrasados. Nós sofremos muito pela omissão do Estado. O município gastou em média 34%, R$ 80 milhões de orçamento próprio para manter os atendimentos. Estamos utilizando recursos próprios para fazer cirurgias, e precisamos avançar ainda mais nessa área”, disse Martinelli, em entrevista ao Olhar Direto.

Ao assumir o Governo do Estado, Mauro Mendes (DEM) herdou somente na área da saúde mais de R$ 600 milhões em dividas, entre pagamentos a fornecedores e repasses aos municípios. Parte deste passivo já foi pago.

“Nós já pagamos mais de R$200 milhões dos restos a pagar. Hoje o Estado de Mato Grosso, em relação aos repasses do município, está rigorosamente adimplente e já amortizou muito das dívidas que o Governo passado deixou. O governador Mauro Mendes assumiu um compromisso com os prefeitos que até o final da gestão deles, ou seja, até o final do ano que vem, ele vai fazer todo o esforço para quitar esse débito existente”, disse o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, esta semana.

Martinelli afirmou que deu um “voto de confiança” ao atual Governo e disse que vem mantendo uma boa relação com a atual gestão, mas destacou a necessidade de o Estado reassumir sua função no que diz respeito à alta complexidade.

“Nosso Hospital Regional tinham 115 leitos e o Taques passou para 55, isso causou um problema muito sério. Hoje está próximo de 100 [leitos], o Governo atual está regularizando. O município faz a parte básica, mas o Estado precisa cumprir com sua parte. Queremos que credenciem médicos para que a cirurgia cardíaca seja feita lá, para que os pacientes não precisem vir para Cuiabá. A alta complexidade é competência do Estado e acaba que sobrecarregou a nossa UPA em função da omissão do Governo anterior”, pontuou.
 
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