Imprimir

Notícias / Cidades

Empresário que criou petição para CPI da Energisa alega que medidores não têm fiscalização

Da Redação - José Lucas Salvani

O empresário Lucas Barroso Felix, 20, responsável pela petição para a criar Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Energisa, garante que os relógios medidores de energia não têm qualquer fiscalização pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). A petição, que soma 8,7 mil assinaturas, visa investigar a concessionária quanto ao “aumento abusivo nas contas de energia elétrica nos municípios do Estado”.

Leia mais:
Sindicato vê discrepância entre lucro de R$ 712 mi da Energisa, serviços precários e diminuição de pessoal

Felix também afirma que tem um deputado aliado na Assembléia Legislativa que deve auxiliar na criação da CPI. Ele deve se reunir nesta terça-feira (8) com o parlamentar. “A petição começou com um número muito grande de pessoas nas redes sociais, denunciando abusos no valor da conta da energia. Então, eu só organizei a petição, montei alguns grupos no WhatsApp, montamos uma estrutura para organizar isso. A petição foi crescendo exponencialmente, o compartilhamento dela. Já está em 8 mil assinaturas já”. 

Questionado se ele havia entrado em contato com a Energisa antes da criação da petição, o empresário apontou ao Olhar Direto que a ouvidoria da concessionária de energia seria muito ruim e que algumas pessoas seriam repassadas para vários departamentos até conseguir qualquer reformulação. 

A assessoria de imprensa da Energisa informou que irá se posicionar ainda hoje sobre o fato. 

Audiência na AL

No próximo dia 15 de outubro, será realizada uma audiência na Assembléia Legislativa para debater os serviços oferecidos pela Energisa. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas do Estado de Mato Grosso (STIU-MT), muitas vezes os trabalhadores têm sofrido violência física e moral, como se fossem os responsáveis pela precarização dos serviços e a prática de preços muito acima da inflação.

Em outubro, o sindicato entregou carta questionando a precarização da qualidade dos serviços de distribuição de energia elétrica, causadas pela redução da Força de Trabalho e devido às práticas da administração da Empresa, enquanto que a conta de energia elétrica, entre os anos de 2014 a 2019, sofreu reajuste de 65,76% e a inflação foi de 29,59%, portanto, 36,17% acima da inflação.
Imprimir