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Em 20 anos, somente 19 deputados não teriam recebido propina, segundo suposta delação; veja

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

O documento apontado como base de sustentação para tentativa de colaboração premiada do ex-deputado estadual José Riva, que ganhou os holofotes nesta semana, indica que o suposto esquema de pagamento de propina iniciado em 1995 começou beneficiando 17 deputados da 13ª legislatura e chegou ao ápice em 2011, ano em que 100% dos parlamentares da casa foram corrompidos. O suposto termo vazado na imprensa não está homologado pela justiça. 

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Segundo levantamento feito pelo Olhar Direto, apenas 19 deputados que foram eleitos para representar o povo mato-grossense nas eleições de 1994, 1998, 2002 2006 e 2010, não receberam o pagamento indevido. Vale lembrar que em cada legislatura são eleitos 24 deputados. Riva citou deputados tanto pelo recebimento de "mensalinho" quanto por dinheiro em troca de venda de votos para eleições da Mesa Diretora. 

Dos 24 parlamentares eleitos em 1994 (13ª Legislatura), não foram citados por Riva, como beneficiados no esquema de corrupção: Wilson Santos (PSDB), Serys Slhessarenko (PRB), Chico Daltro (PRB), além de Renê Barbour, Luiz Soares,  José Esteves de Lacerda Filho e Joaquim David dos Santos.

Em 1998, com a eleição da 14ª legislatura, o número de deputados que não foram citados subiu para 9. São eles: Serys Slhessarenko, José Carlos do Pátio (SD), Jair Mariano, Chico Daltro, Wilson Celso Teixeira (Dentinho), Moacir Pires de Miranda Filho, Carlos Brito, Gilney Viana e Renê Barbour.

O número de deputados que passaram a aderir o mensalinho, segundo Riva, com a chegada da 15ª legislatura, em 2002, subiu para 17. Os que não receberam, conforme o documento foram: Ságuas Moraes (PT), Vera Lúcia Araújo (PT), Carlos Brito, Chico Daltro, José Antônio de Ávila,  José Carlos de Araújo e Renê Barbour.

A lista de parlamentares que receberam propina aumentou em 2007, legislatura que teve apenas quatro deputados eleitos que não entraram no esquema, segundo Riva. São eles: José Carlos do Pátio, Otaviano Pivetta (DEM), Ságuas Moraes e Juarez Costa (MDB) 

Já em 2010, segundo o documento, todos os 24 deputados da 17ª legislatura receberam o ‘mensalinho’, que durou para alguns até 2015.

O Olhar Jurídico somou os valores e produziu um ranking com os maiores beneficiados com as propinas. Em primeiro está Riva, seguido por Mauro Savi e Gilmar Fabris. Os fatos tiveram início em 1995 e alcançaram montante aproximado de R$ 175 milhões em 2014. Confira a lista completa aqui.
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