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Deputados do PT repudiam truculência contra professora presa ao defender Lula livre em MT

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

Os deputados petistas Ludio Cabral e Valdir Barranco usaram a tribuna da Assembleia Legislativa para repudiar a Secretaria de Segurança Pública do Estado pela forma como policiais civis trataram a professora universitária Lisanil da Conceição Patrocínio Pereira, detida no último domingo (13), por se manifestar politicamente a favor do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, durante evento em uma igreja na cidade de Campos de Júlio (533 km de Cuiabá).

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Para Barranco, o Estado demonstrou despreparo na forma truculenta como agiu com a professora universitária, que, segundo ele, vem sofrendo com sua exposição nas redes sociais, além de todo o transtorno que passou ao dormir na delegacia.

“Viver o constrangimento com vídeos que estão nas redes sociais expondo a professora que tem uma carreira brilhante na Unemat. Naquele momento o Estado careceu de um tratamento adequado, uma abordagem adequada, pois agiu com truculência, algemou, arrastou a professora pelo chão. Quero deixar o meu repúdio à esta atitude, pedir retratação por parte do Estado e que os agentes possam ser punidos rigorosamente”, disse o parlamentar.

Já Ludio Cabral declarou que a professora foi atacada de forma covarde por pessoas intolerantes, apenas por expor seu pensamento político à favor do ex-presidente Lula, que hoje cumpre pena por corrupção na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR).

“Foi atacada de forma covarde por cidadãos intolerantes apenas por estar com uma camiseta que dizia 'Lute como uma garota' e 'Lula Livre'. Foi abordada de forma covarde, autoritária por sete homens... Foi obrigada a passar uma noite em uma cela onde uma fossa estava aberta ao lado do fino colchão onde dormiu. Qual crime ela cometeu? Que periculosidade uma mulher desarmada tinha para enfrentar os brutamontes que a atacaram. O que justificou tamanha violência, senão o ódio por uma mulher que apenas expressava seu posicionamento político, sua visão de mundo, fazendo isso pacificamente”, questionou.

O tucano Wilson Santos (PSDB) e João Batista (Pros) também manifestaram repúdio à forma como a professora universitária foi tratada durante sua manifestação.

Na cidade de Campos de Julio para lecionar aulas para o curso de Direito da Unemat, a professora foi detida no domingo após subir no palco de um evento em uma igreja católica, usando uma camiseta que defendia a soltura do ex-presidente Lula.

Em nota, a Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (ADUNEMAT) também repudiou a forma como a professora foi tratada, além de expor, que ela após ser detida, foi encaminhada à uma unidade de saúde, onde injetaram tranqüilizantes, que a deixou impossibilitada de prestar depoimento, motivo pelo qual precisou passar uma noite na delegacia.

Formada em Administração, pedagogia e geografia pela UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), a professora tem diversas especializações, além de um mestrado realizado na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e um doutorado concluído na Universidade Federal Fluminense (UFF).
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