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Movimento ‘Vem Pra Rua’ mobiliza carreata em Cuiabá para pedir votação de PEC da 2ª instância; fotos e vídeo

Da Reportagem Local - Fabiana Mendes / Da Redação - Érika Oliveira

Diferentemente das manifestações que ocorreram há um ano e reuniram milhares de pessoas pelas ruas de Cuiabá, uma tímida carreata, organizada pelo Movimento Vem pra Rua, mobilizou uma centena de pessoas na Capital na manhã deste sábado (9), para pedir que o Congresso acelere a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre a prisão em segunda instância. O protesto é uma resposta à recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que voltou a barrar o cumprimento de pena antes que estejam esgotados todos os recursos.

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“É uma manifestação espontânea, da população, da sociedade que está muito indignada. Porque a partir dessa decisão do STF quem tem dinheiro não vai mais ser preso no Brasil. Queremos que o Congresso vote logo essa PEC para voltar a prisão em 2ª instância, porque os recursos são infindáveis na nossa legislação, infelizmente é isso que acontece. Acabou de sair uma carreata daqui, com mais de 200 carros, vamos até a Prefeitura. Acreditamos que foi uma boa adesão, porque as pessoas começaram a se mobilizar ontem pelo whatsapp, e sábado é um dia que normalmente não tem manifestação em Cuiabá, geralmente é domingo, então tem muita gente que está trabalhando e não pôde vir. Mas o importante aqui é sentir que o movimento está nascendo de maneira espontânea”, defendeu o empresário Junior Macagnam, ex-presidente do Vem Pra Rua.

A mobilização deste sábado ocorreu em todo o Brasil. Ao Olhar Direto, a senadora Selma Arruda (Pode) informou que participaria do ato em Brasília. Na última sexta-feira (08), uma publicação foi massivamente compartilhada pelas redes sociais, na qual Selma aparecia promovendo um protesto contra o ministro do STF, Gilmar Mendes. A senadora esclareceu, no entanto, que o material se tratava de “fake news”.

Gilmar Mendes esteve em Cuiabá nesta sexta-feira e comentou o julgamento do STF. Para o ministro, o vazamento de conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e o promotor Deltan Dallagnol, no caso que ficou conhecido como ‘Vaza Jato’, contribuiu para a derrubada da prisão após condenação em segunda instância, o que garantiu a soltura do ex-presidente Lula (PT).

Na última quinta-feira, por 6 votos a 5, o Supremo voltou a barrar o cumprimento de pena antes que estejam esgotados todos os recursos, revertendo entendimento estabelecido pela própria Corte em 2016. A decisão pode beneficiar cerca de 5 mil condenados no país.

Uma PEC, de autoria do senador Oriovisto Guimarães (Pode-PR), busca reverter a decisão do Supremo. A proposta, sob a relatoria da senadora Selma Arruda, acrescenta trecho ao artigo 93 da Constituição: “decisão condenatória proferida por órgãos colegiados deve ser executada imediatamente, independentemente do cabimento de eventuais recursos”.

As manifestações deste sábado pedem que o Congresso paute a matéria com urgência. No Facebook, um convite para o evento diz: “Vamos pressionar o STF para barrar este absurdo e o Congresso para que defina na lei e na constituição que a prisão deve ocorrer após condenação em segunda instância. Esta é a única forma de impedir que corruptos e poderosos fiquem impunes de seus crimes”.

Veja vídeo:

 
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