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Governador do DF diz que confia em Polícia para apuração de suposta agressão cometida por major

Da Redação - Isabela Mercuri

O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha Barros Junior (MDB) afirmou que confia na Polícia para realizar a apuração da suposta agressão cometida pelo major da PM de Mato Grosso, Thiago Vinicius Pinheiro da Silva, que teria enforcado e agredido a mulher durante o sexo. Thiago ocupa atualmente o cargo de subsecretário da Casa Civil do Distrito Federal em Brasília.

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Ibaneis esteve em Cuiabá para a inauguração do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) pelo prefeito Emanuel Pinheiro. Apesar de não entrar em detalhes, ele disse que não acompanhou o caso.

“Eu acho que [pra] essas questões de agressões, nós temos uma Polícia muito qualificada no Distrito Federal, que tem pego todos os casos. E, se realmente for comprovado – está lá, deve estar requisitado – nós vamos verificar a situação e, de acordo com a punição, nós vamos aplicar a punição correta”, afirmou.

A denúncia contra o major foi feita no sábado (9), na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) e aponta que ele teria enforcado a agredido a mulher durante o sexo.

A Polícia Militar de Mato Grosso informou que, até a manhã da última quarta-feira (13), não havia sido informada oficialmente do ocorrido e que, por se tratar de violência doméstica, será realizada uma sindicância investigatória com a chegada dos documentos.
 
Ainda conforme a corporação, caso haja demora na chegada da denúncia, pode-se instaurar sindicância com base na divulgação dos meios de comunicação.
 
O caso


A suposta vítima, uma servidora de 30 anos, procurou a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) para dar detalhes do relacionamento de dois anos que manteve com o suspeito. O término da relação se deu no dia 6 de novembro.
 
Essa é a primeira vez que ela o denuncia. A mulher relatou que o integrante do segundo escalão do Governo do Distrito Federal sempre teve perfil agressivo, mas piorou após o rompimento, pois não aceitava a separação.
 
Na ocorrência, a mulher narra que, no dia do término, teria sido estuprada e agredida. Conta que o homem foi ao apartamento dela chamando-a para ir a um bar. Mesmo sem querer ir, segundo ela, acabou obrigada. O casal teria voltado ao apartamento da vítima por volta de meia-noite. Ela detalha que, ao chegar em casa, o companheiro ficou muito agressivo e praticou a violência sexual.
 
Diante da situação, a servidora diz ter tomado coragem e o expulsou do imóvel. Após o fim do namoro, a denunciante diz que ele passou a ir ao prédio. Na delegacia, ela fez o requerimento de medidas protetivas e passou por exames no Instituto Médico Legal (IML).
 
O 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher proibiu o subsecretário de ter contato com a servidora por qualquer meio de comunicação, de se aproximar dela, da família, testemunhas e amigos, fixando um limite mínimo de 300 metros de distância. Além de ser impedido de frequentar determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da denunciante. O descumprimento das medidas pode resultar na prisão em flagrante dele.
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