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Selma critica Congresso por abrir brecha para aumento de fundo eleitoral

Da Redação - Carlos Gustavo Dorileo

A senadora Selma Arruda (Pode) criticou o Congresso Nacional por derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro (PSL), abrindo brecha para o aumento do fundo eleitoral no próximo ano e garantiu que continuará votando contra o uso de mais dinheiro público para financiamento de campanhas políticas.  

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O veto feito pelo presidente da República ao artigo da minirreforma eleitoral, não permitindo que o valor do fundo eleitoral tivesse como teto o total de emendas da bancada estadual, que em 2020 serão de R$ 6 bilhões, cerca de R$ 5,3 bilhões a mais do que os R$ 1,7 bilhão que atualmente abastece os partidos.

Em sessão conjunta do Congresso na última quarta-feira (27), os parlamentares derrubaram o veto, deixando aberta a possibilidade do aumento do fundo eleitoral. Por Mato Grosso, somente a senadora Selma Arruda, além dos deputados federais Nelson Barbudo (PSL) e Emanuelzinho (PDT) votaram a favor da manutenção do veto presidencial, não concordando com o aumento de dinheiro público distribuídos aos partidos para campanha.

Já o senador Wellington Fagundes (PL) e os deputados federais Carlos Bezerra (MDB), Leonardo Albuquerque (SD), Juarez Costa (MDB), Neri Geller (PP) e Rosa Neide (PT) votaram pela derrubada do veto presidencial.

O restante dos vetos do presidente devem ser votados em sessão do Congresso Nacional já na próxima semana. Para valer o aumento do fundo nas eleições municipais de 2020, os deputados e senadores precisavam analisar os vetos até o dia 4 de outubro. O assunto acabará sendo decidido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“É lamentável a aprovação de uma proposta que dificulta a transparência e a fiscalização dos recursos dos fundos partidário e eleitoral. Em meio à crise que vivemos no nosso País, com diversas áreas em situação precária, o Congresso aprova uma proposta que aumenta os recursos públicos para os partidos enquanto pessoas morrem nas filas dos hospitais e a marginalidade aumenta a cada dia por falta de dinheiro na saúde e segurança”, disse Selma Arruda em publicação em suas redes sociais.

Nas últimas semanas, presidentes nacionais de partidos como DEM, PT, MDB, Solidariedade e PSB se reuniram para montar uma estratégia com as bancadas no Senado e na Câmara para aumentar o financiamento eleitoral.
 

 
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