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Mauro não garante pagamento do 13º em dezembro: “ainda não posso anunciar”

da Redação - Isabela Mercuri

O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que ainda não tem certeza se vai conseguir pagar o 13º salário integral aos servidores estaduais ainda no mês de dezembro. Segundo ele, não há “elementos suficientes para anunciar”. A fala foi feita no lançamento da Arena Encantada, evento que custou R$ 1.440.000,00 – e que, segundo o Estado, foi feito por meio de patrocínio de empresas privadas.

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“Nós estamos trabalhando muito. Essa é a nossa linha, a gente trabalha com foco, com planejamento. Eu sempre disse isso, que nós tínhamos um plano de voo para essa meta, de chegar ao final de ano com o salário no dia 10, pagar os servidores merecidamente no dia, e o 13º faz parte disso. Eu ainda não posso anunciar, porque eu não tenho os elementos, mas posso afirmar aos senhores que o planejamento que nós fizemos com a secretaria da Fazenda, com muitos servidores, e é o nosso estilo, a gente trabalha muito para entregar resultado, e no devido momento nós vamos anunciar assim que tivermos a certeza desse trabalho”, disse o governador.

No mês de setembro, em audiência para apresentar a evolução das metas fiscais relativas ao 2º quadrimestre de 2019 do Governo Mauro Mendes, o secretário de Fazenda Rogério Gallo afirmou aos poucos servidores do Poder Executivo presentes que o 13° salário seria pago até o dia 20 de dezembro, independente da vinda do recurso do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX).

De acordo com o comandante da Sefaz, à época, o Estado estava se preparando para pagar o 13° com recurso próprio e não existia a chance de uma eventual frustração do repasse do Governo Federal, terminar com o não pagamento da gratificação de natal, como aconteceu no Governo de Pedro Taques (PSDB), no final do ano passado.

No lançamento da Arena Encantada, o governador afirmou que deve dar um veredito até a próxima semana. “Porque temos um time para que as coisas aconteçam no mês de dezembro”, disse.

Mutirão frustrado

O  valor arrecadado pelo Estado durante o Mutirão Fiscal frustrou a expectativa do Governo. Dos R$ 150 milhões previstos com o pagamento da primeira parcela ou quitação do valor à vista, entraram nos cofres públicos a quantia de R$ 59,82 milhões. Os números foram divulgados na manhã desta terça-feira (3). O valor inferior a 60% da estimativa inicial contraria as projeções do Palácio Paiaguás, que contava com o montante para ajudar na quitação do 13º salário do servidores públicos, em parcela única, que deve consumir mais de R$ 560 milhões. 

Durante o mutirão, foram negociados pouco mais de 90 mil acordos com os contribuintes. Os processos negociados eram no valor bruto de R$ 190,2 milhões, ou seja, sem a aplicação do desconto e redução de juros previstos em lei. Com os descontos, o valor caiu para R$ 104,7 milhões. Essa quantia foi dividida em várias parcelas, em alguns casos, em até 60 meses. 
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