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Delegado não descarta candidatura no futuro, mas afirma que ainda tem muito a contribuir na Deletran

Da Redação - Wesley Santiago

O delegado Christian Cabral, que neste ano se filiou ao Prós, não descartou que, futuramente, tente concorrer a um cargo público. Porém, destacou que a sua prioridade no momento é dar continuidade no trabalho que tem feito na Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), principalmente no que se refere a redução no número de mortes.

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Ao Olhar Direto, Christian explicou que a entrada na política foi, desde o começa, pela constatação de que, nos últimos pleitos, a população foi obrigada a escolher entre o ruim e o pior ainda. “Candidatos que não satisfaziam as minhas aspirações políticas e dos eleitores”.
 
“A filiação é para permitir que eu possa participar do processo de escolha de quem será apresentado como candidato, pessoas melhores. Em um futuro, talvez muito distante, eu possa vir a disputar [uma eleição”, acrescentou o delegado.
 
Porém, Christian frisou que, atualmente, ainda tem muito trabalho a fazer dentro da Deletran. “Existem projetos dentro desta especializada que ainda estão pendentes. Contribuo com a sociedade mais dentro desta delegacia do que na política neste momento”, finalizou.
 
Na titularidade da Deletran, Christian Cabral tem lidado com diversos casos de repercussão, como foi com o atropelamento de três jovens em frente à Valley, resultando na morte de Myllena de Lacerda Inocêncio e Ramon Alcides Viveiros, em dezembro do ano passado.
 
Em meio ao inquérito, o delegado chegou a contratar um laudo particular, por divergência do documento apresentado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). No fim, acabou também indiciando Hya Girotto, única sobrevivente, por ter – conforme ele – contribuído para que o acidente ocorresse. No fim, a Justiça decidiu arquivar o inquérito contra a jovem.
 
Em 2016, durante a gestão de Pedro Taques (PSDB), Christian gravou um vídeo que viralizou nas redes sociais. Na ocasião, ele reclamou do não pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28% aos servidores do Estado.
 
Nas imagens, o delegado diz que gravou o vídeo sem ter “milhões de reais para gastar com publicidade”. Além disto, afirmou não ter “cara de pau” para pedir “a empresários amigos meus que venham aqui contar mentiras a fim de me promover”. Por isso, segundo ele, fez a simulação com internet própria, dentro do carro dele, em horário de folga.
 
No mesmo ano, o delegado se recusou a trabalhar nas eleições de 2016 se o governo não pagasse suas diárias. Ele alegou que havia sido contratado para trabalhar a 600 quilômetros do seu local de exercício e com a crise econômica, “infelizmente, tal como o Governo do Estado de Mato Grosso [à época] não me preparei adequadamente e estou atravessando um momento de crise financeira”.
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